2016 tem menos empregos no franchising e varejo: Balanço realizado pela Fecomercio-SP aponta queda de 47.146 no estado de São Paulo
O ano de 2016 foi, certamente, difícil para o varejo e franchising. O comércio varejista do Estado de São Paulo, que inclui os franqueados, perdeu 5.133 empregos com carteira assinada em dezembro, resultado de 66.721 admissões e 71.854 desligamentos.
Com isso, o varejo encerrou 2016 com um estoque total de 2.082.883 trabalhadores, queda de 2,2% na comparação com o mesmo período de 2015. Apesar do desempenho negativo, ele foi mais ameno do que o registrado em dezembro do ano anterior, quando 12.181 postos de trabalho foram fechados. No acumulado do ano, foram extintos 47.146 empregos com carteira assinadas. Outro dado animador é o número de vagas criadas em janeiro de 2017, quando 15.772 vagas foram abertas.
Os dados são parte da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, calculado com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, mais de 107 mil empregos formais com carteira assinada foram extintos no comércio varejista do Estado de São Paulo nos dois últimos anos, o que demonstra o impacto da atual crise econômica no mercado de trabalho do maior varejo brasileiro. O ano de 2016 pode ser caracterizado, segundo a Entidade, como um ato contínuo de enxugamento do quadro de trabalhadores dos estabelecimentos, ante a uma redução de suas vendas, que já vem desde 2014.
O saldo negativo inferior já era esperado pela Federação, na medida em que há uma menor capacidade empresarial de reduzir ainda mais o número já diminuto de funcionários. Tal realidade acabou sendo complementada por um segundo semestre de geração de postos de trabalho, onde se observou mais otimismo dos contratantes diante das festas de fim do ano.
Entre as nove atividades pesquisadas, apenas duas apresentaram crescimento no número total de empregos na comparação com o mesmo mês de 2015: farmácias e perfumarias (2,3%) e supermercados (0,6%). Por outro lado, os piores desempenhos foram registrados nos segmentos de concessionárias de veículos (-6%), lojas de móveis e decoração (-5,1%) e lojas de vestuário, tecidos e calçados (-5%).