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Setor de franquias cresce 8,8% no 3º Tri, indica pesquisa da ABF

Mesmo com o impacto da desaceleração econômica, setor consegue manter ritmo e se beneficia dos leves sinais de melhora do cenário macroeconômico do País no segundo semestre.

Setor de franquias cresce 8,8% no 3º Tri, indica pesquisa da ABF
Sua Franquia Publicado em 04 de Novembro de 2016 às, 09h00. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 12h56.

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O mercado de franquias no Brasil teve um crescimento de 8,8% em sua receita no 3º trimestre ante o mesmo período do ano passado, de acordo com a Pesquisa de Desempenho Trimestral do setor realizada pela ABF – Associação Brasileira de Franchising. O faturamento passou de R$ 35,699 bilhões para R$ 38,836 bilhões nesse mesmo período. Considerando-se os meses de janeiro a setembro de 2016, o setor registrou um crescimento de 7,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

Embora os reflexos da retração do consumidor, do desaquecimento do mercado de trabalho e da menor disponibilidade de crédito continuem a impactar o setor, o franchising tem resistido e está colhendo os frutos do trabalho em rede, que possibilita a franqueadores e franqueados obter ganhos em escala, maior flexibilidade e capacidade de negociação com fornecedores. Vale lembrar os benefícios obtidos pelas redes de franquia ao adotarem medidas quanto a controle de custos, criação de novos formatos e novos mix de produtos, dentre outras. Além disso, os leves sinais de recuperação da economia brasileira, como a previsão de queda da inflação ainda este ano e a retomada do crescimento do PIB, ainda que tímida, já a partir de 2017, favorecem a melhora do ambiente econômico e podem elevar os níveis de confiança dos investidores e dos consumidores.

Para Cristina Franco, presidente da ABF, “pouco a pouco, começamos a observar sinais de melhora no quadro econômico geral, o que se reflete positivamente no franchising. Por ora, o foco na eficiência, a busca por atrair o consumidor e o desenvolvimento de novos mercados e modelos de negócio têm sido estratégias amplamente aplicadas e fundamentais para enfrentar este momento de travessia”.

De acordo com o estudo, o faturamento acumulado do mercado de franquias de outubro de 2015 a setembro de 2016 (12 meses) teve uma elevação de 6,7%:

 “Fizemos a lição de casa do ponto de vista do primeiro semestre, que ficou dentro do esperado para o setor, e o segundo semestre é tradicionalmente melhor para o varejo em geral e para o franchising”, disse Cristina Franco.

O diretor de inteligência de mercado da ABF, Claudio Tieghi, explica também que “a otimização de recursos e de processos, a negociação de insumos em bloco com fornecedores homologados, a readequação de aluguéis de imóveis e canais de distribuição e a chamada diversificação de canais de venda de produtos e serviços contribuem para esse bom desempenho do franchising mesmo em fases difíceis da economia”.

A pesquisa indica ainda que a expansão das franquias em número de unidades no 3º trimestre foi de 7,2% comparada ao mesmo período de 2015 e de 3,7% dentro do trimestre (ou seja, a variação de 01/07/2016 a 30/09/2016). No trimestre, 1,4% das unidades foram fechadas. No final do período, operavam no Brasil 143.540 unidades.

O foco na relação com o consumidor e na sua fidelização à rede também favorece o sistema de franquias. Segundo o diretor da ABF, é preciso destacar a intensificação do uso das redes sociais, a alteração de cardápios entre as redes do segmento de alimentação, um dos mais consolidados do franchising, a extensão de campanhas promocionais para manter aquecida a relação com o consumidor e atraí-lo como iniciativas que contribuem para manter o faturamento do setor e preparam as rede para o momento de virada da economia.

Perspectivas

As novas perspectivas de melhora do cenário macroeconômico brasileiro tornam mais promissor o horizonte à frente. A recuperação econômica, no entanto, está sujeita à manutenção de condições favoráveis ao investimento e à efetiva retomada dos níveis de confiança dos investidores e dos consumidores.

A ABF apoia a agenda de austeridade nos gastos públicos apresentada pelo Governo Federal por meio da PEC 241 (Proposta de Emenda à Constituição que estabelece um teto para as despesas públicas). “O governo tem dado passos no sentido de ter uma administração mais austera, com maior produtividade e menores custos, receita que o franchising adotou desde 2014 e se mostrou bem sucedida”, ressalta Cristina Franco.

Ainda de acordo com a presidente, “como porta-voz oficial do franchising brasileiro, a ABF também tem atuado junto ao governo, levando pleitos considerados de suma importância para o setor, como o aprimoramento das regras do Simples – já em andamento –, o aperfeiçoamento da Lei do Franchising, a modernização das leis trabalhistas, a melhoria das condições de financiamento para franquias e a pacificação da não incidência do ISS sobre a taxa de franquias e royalties. São ações que se implementadas promoverão a geração de mais empregos e renda, e maior crescimento para o setor e para a economia brasileira”, completa.

Metodologia

Envolvendo o mercado como um todo, inclusive não associados, os números do desempenho do setor de franchising são apurados em pesquisa por amostragem, cruzados com levantamentos feitos por entidades representantes de setores correlatos ao sistema de franquias, órgãos de governo, instituições parceiras e de ensino. Auditados por empresa independente, os dados divulgados pela ABF são referência para órgãos governamentais de diversas esferas, entidades internacionais do franchising, como World Franchise Council (WFC), Federação Ibero-americana de Franquias (FIAF) e instituições financeiras.

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