Menores custos de instalação e menor concorrência atraem franqueadoras: Clientes ávidos por novidades e grandes marcas, maior oferta de pontos de venda e muito espaço para crescer. Expandir no interior é um desafio que pode ser bem rentável para as redes. Com as capitais tomadas, as cidades menores tornam se atrativas para as franquias.
Conforme Caroline Bittencourt, do Grupo Bittencourt, o interior tem como um dos principais atrativos a questão dos custos envolvidos em se estruturar uma operação. Os custos de ter um negócio no interior acabam sendo mais atrativos se comparados às grandes capitais, como: aluguel, ponto comercial e mão de obra.
“Outro fator que também pode ser levado em consideração que no interior o mercado não é saturado, portanto livre das grandes concorrentes, algo muito comum nas capitais. Assim, as cidades do interior possuem muitas oportunidades ainda pouco exploradas pelas grandes marcas”, completa Bittencourt.
Já sobre o tamanho das cidades em que se pretende abrir uma unidade franqueada a consultora acredita que mesmo em cidades do interior com potencial de consumo mais baixo é possível sim expandir negócios em formato de franquias, porém é importante fazer uma adequação do modelo do negócio para atender uma demanda que provavelmente será menor. Hoje as franqueadoras oferecem diversos modelos, desde as lojas com formato maior, mais adequadas aos grandes centros comerciais, até quiosques, lojas com menor metragem, e-commerce, store in store, etc. Cada uma possui sua singularidade capaz de atender cada tipo de demanda.
“Temos como exemplo a franquia Açaí Villa Roxa, que possui lojas e quiosques, com um investimento total de R$155 mil a R$560 mil. Em São Paulo, suas franquias estão instaladas no interior e nenhuma na capital”, cita Bittencourt.
Porém, é necessário tomar cuidado com alguns pontos. Assim, como é necessário estudar bem o mercado antes de abrir uma unidade, no interior esse estudo deve ser ainda mais minucioso. Deve-se definir o potencial de consumo, definir concorrentes e possíveis clientes, a fim de compreender qual é a dinâmica desse mercado. Após coletadas essas informações, questões como riscos, oportunidades, tendência serão esclarecidas, a fim de eliminar ao máximo as incertezas, reduzindo riscos e projetar melhores resultados.
Ainda conforme Bittencourt, não existe uma limitação de setores melhores ou piores para se instalarem no interior, desde que haja uma identificação de suas peculiaridades. Além da pesquisa de mercado, é preciso identificar a viabilidade do negócio que será instalado e se a franqueadora conseguirá dar o suporte necessário ao franqueado – uma vez que, podendo ser mais distante da sede da franqueadora, o abastecimento e a consultoria de campo por exemplo, podem ficar prejudicados e incorrer em custos maiores num momento em que a franqueadora ainda está se estruturando.
“Geralmente o indicado é que as primeiras unidades sejam instaladas mais próximas do franqueador e, a partir do crescimento da rede, ela pode ampliar sua capilaridade, conquistando novos mercados, pois já estará com uma estrutura adequada para suportar as novas operações e podendo assumir mais custos de operação”, encerra a consultora com essa recomendação para as franqueadoras.