Expansão com unidades próprias: De olho no crescimento, franqueadoras têm optado pela abertura de unidades próprias
Testar um novo formato de negócio, entrar num mercado onde ainda não há empreendedor com perfil desejado pela marca, ganhar visibilidade e aprimorar a gestão dos processos são alguns dos casos onde as franqueadoras usam as unidades próprias para expandir os negócios. Conversamos com Randes Enes, consultor em gestão e professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) para entender alguns pontos importantes da estratégia.
Quando as unidades próprias são bom negócio: Entrada em mercados de interesse comercial nos quais ainda não existam empreendedores com o perfil desejado pela marca e quebrar a barreira inicial com uma “loja-conceito”, com o objetivo de aprimorar as competências organizacionais e criar uma imagem positiva para o negócio são algumas das situações.
Grandes e pequenos franqueadores: Redes menores tendem a adotar essa opção, principalmente no início das operações, quando precisam aprimorar a estratégia de gestão a fim de atrair investidores. Por terem suas marcas consolidadas, não é usual ver os grandes franqueadores em processo de expansão com unidades próprias. Em alguns casos, quando querem propor um novo modelo de negócio, optam por esse caminho para, posteriormente, apresentar a novidade aos interessados. As empresas em processo de internacionalização usam unidades próprias no exterior.
Benefícios: Melhores condições de negociação com os fornecedores e redução dos custos de operação são algumas das vantagens ao abrir mais unidades da marca.
Franqueado-sócio: “Hoje em dia, já existe um modelo combinado para atrair novos franqueados e diminuir o risco do negócio para eles. O franqueado faz parte da sociedade da loja. A franqueadora é responsável por 60% do negócio. O franqueado fica com 40%, ou seja, é um sócio minoritário, atuando como um “gerente da loja" e participando do rateio dos dividendos”, explica Enes.
Via Verde
Com quatro unidades próprias, sendo três no Rio de Janeiro e uma em São Paulo, a Via Verde, está na fase de abertura de novas unidades próprias. “Com a redução no número de candidatos, devido à crise, encontramos nas lojas próprias um crescimento em excelentes pontos comerciais, com investimento reduzido”, conta Maurício Nogueira, diretor do Grupo Albero, dono da Via Verde. A rede, especializada em produtos saudáveis, apostou em lojas conceito, com design e proposta diferenciada, em áreas nobres do Rio de Janeiro, onde tem três unidades, e em São Paulo, com uma unidade.
