Com a desvalorização do real e como uma alternativa para fugir da retração econômica, muitas franquias planejam expandir seus negócios para o exterior. Um estudo da Associação Brasileira de Franchising (ABF), afirma que em 2015, o total de redes brasileiras que abriram unidades fora do Brasil chegou a 134 marcas.
Ainda de acordo com a ABF, eventos internacionais como feiras e rodadas de negócios, contribuem para que as empresas brasileiras operem fora do Brasil. O mercado com mais procura ainda é os Estados Unidos com 37 marcas, seguido do Paraguai com 25 e por último Portugal com 21 redes.
Entre as franquias que estão planejando expandir seus negócios para mercados externos estão a Sóbrancelhas e a Tip Top, que iniciaram os estudos de internacionalização em 2016. “Estamos fazendo pesquisas e levantamentos específicos com uma consultoria internacional, entendendo o mercado, a rentabilidade do negócio e todos os pontos necessários para abrirmos a primeira unidade da Sóbrancelhas fora do Brasil. Pretendemos inaugurar no segundo semestre, em Miami”, confirma Luzia Costa, fundadora e gestora da rede.
Já os planos da Tip Top incluem a primeira franquia internacional em um país da América do Sul. O destino da loja, prevista para o segundo semestre está sob estudo. “A Tip Top está no mercado há 64 anos, e acreditamos que seja o momento ideal para negócios fora do país, visto que já temos unidades espalhadas por todo o Brasil”, acredita Ricardo Marcondes, gerente de expansão.
O caminho inverso também acontece, dados da ABF, confirmam que no Brasil há 159 redes estrangeiras operando no mercado brasileiro. Deste total, 40% das marcas são americanas e 14% portuguesas. O segmento que tem mais aderência no mercado é o de alimentação com 21%. Um exemplo disso é o h3, rede portuguesa que opera no Brasil desde 2011. “Vimos que o mercado brasileiro era muito parecido com o de Portugal tendo centros comerciais similares, a mesma língua e também a paixão por carne, pontos que tornaram o Brasil um mercado mais óbvio natural para a internacionalização do h3, onde já contamos com 17 unidades”, diz Claudia Malaguerra, country manager da rede no Brasil.
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