O empreendedorismo e a vivência no exterior são os dois tópicos de maior destaque entre as prioridades dos brasileiros para o futuro, conforme revela a pesquisa da FGV conduzida durante a 11a edição do LIKE THE FUTURE, em São Paulo.
Apresentada por Fernando Meirelles, diretor da FGV-EAESP, a pesquisa, realizada com uma mostra de 290 pessoas, mostra que, de março para setembro, a situação atual do brasileiro mudou um pouco: houve um aumento de 2% na atuação em carreira executiva, atingindo 28% no total; e 2% no empreendedorismo, somando 60% dos entrevistados. Enquanto isso, se observou uma queda de 3% da participação em empresas familiares, de 12 para 9%.
Quando questionados sobre os próximos 10 anos, o número de aspiradores ao empreendedorismo sobe para 81%, um aumento de 5% quando comparado à pesquisa de março deste ano. Ao mesmo tempo, carreira executiva e empresa familiar perdem ainda mais adeptos, somando apenas 13% e 4%, respectivamente. A vivência no exterior é outro item que chama atenção na pesquisa como prioridade para os próximos anos, com um aumento de 6%, correspondendo por 14% das respostas.
Ao serem questionados sobre as dificuldades para empreender, a pesquisa aponta o ambiente favorável como o principal ponto, com 33%, aliado ao capital necessário, apontado por 29% dos entrevistados. Entre outros números, se mostrou ainda que experiência (17%), capacitação (15%) e contatos (7%) não dificultam o momento de empreender.
E, apesar da crise econômica, a crença é em um futuro melhor, como apontou 65% dos entrevistados. A pesquisa, realizada em 30 de setembro, reforça também que a Educação é a área que mais precisa de melhorias (54%). Ao mesmo tempo em que a política foi indicado como um item relevante com um aumento de 26% para 31%, a infraestrutura baixou de 15% para 10%. Saúde e segurança que, na última pesquisa, somaram 3% dos votos, receberam o dobro (6%) este ano.
Franquia é oportunidade para quem quer empreender
Apesar do período de recessão econômica, o mercado de franquias cresceu 11,2% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com os dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF).
O faturamento das franquias de janeiro a junho atingiu R$ 63,8 bilhões, diante de R$ R$ 57,4 bilhões, no primeiro semestre de 2014. A categoria que apresentou maior crescimento no período foi Esporte, Saúde, Beleza e Lazer, que teve alta de 24% no faturamento e chegou a R$ 11,5 bilhões, contra 9,3 bilhões no mesmo período do ano passado.
“O franchising está sofrendo menos do que as outras indústrias e quem é empreendedor em franquias sente menos os efeitos da retração. Ele está sentindo a pressão dos custos, porém, menos que o empreendedor individual. O poder de negociação em rede beneficia a todos”, explica Cristina Franco, presidente da ABF.
De acordo com uma pesquisa elaborada pela ABF no ano passado, a mortalidade de empresas no sistema de franquias foi de 3,7% em 2014. O índice de negócios tradicionais, segundo o Sebrae, é de 24,9% em dois anos. Para quem procura minimizar os riscos do investimento, o franchising é uma boa opção, pois as estratégicas de desenvolvimento e sustentabilidade do negócio são de responsabilidade da empresa franqueadora, que detém todo o know-how de gestão e operação do negócio, além do direito da marca.