As histórias são similares: pequenos e médios empresários que percebem que, ao integrar-se a uma rede de franquias, é possível “ganhar nome”, ter novas visões, disponibilizar mais serviços e produtos aos clientes, e, assim, atingir novos dígitos no faturamento em alguns meses. Aparentemente simples, a conversão de bandeira mostra-se uma nova tendência, mas deve ser realizada com cuidado. “Independente da motivação, este é um momento de recomeço do empresário. No nosso caso, damos todo o suporte para que essa transição seja agradável para os clientes mais antigos e também para os funcionários. Num segundo momento, focamos em ações de marketing agressivas para que o objetivo do franqueado seja alcançado”, conta Allan Comploier, diretor da Master House Manutenções e Reformas. A rede foi criada em 2012 com o objetivo de se destacar no setor ao realizar uma expansão qualitativa, que beneficie todas as partes envolvidas (franqueadora, franqueado e consumidor). Em pouco menos de um ano, a marca já conta com nove unidades comercializadas, uma loja própria e um case de conversão de bandeira proveniente da maior concorrente.
Por que mudar?
Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), mesmo sem um estudo específico sobre o tema, é possível afirmar que o modelo de negócios está sendo cada vez mais adotado pelas marcas por razões diversas. Segundo os empresários que já fizeram esta opção, as vantagens da troca estão, principalmente, em estar inserido em uma rede reconhecida no mercado, contar com ações de marketing, competitividade vinda da possibilidade de preços menores e prazos de pagamentos diferenciados e parceiros e fornecedores renomados que atestam qualidade para o cliente.
Visando todos esses benefícios, Humberto de Vasconcelos Andrade decidiu arriscar. Atuante no mercado de manutenções em TI há 20 anos, somente em 2010 ele conseguiu concretizar a ideia de ser dono de seu próprio negócio, em sociedade com Wellington Moreira Gomes. Após obter sucesso na região em que estão, Aparecida de Goiânia (GO), no ano passado os dois optaram por fazer parte da rede Sr. Computador. “Para atingir novos mercados e ampliar nossos resultados, pesquisamos muito e percebemos que esta franqueadora poderia nos ajudar a alcançar estes objetivos. Mesmo sendo um momento que exige atenção redobrada e um novo investimento, indico para aqueles que também querem crescer. Afinal, fazer parte de uma marca sólida é não estar mais sozinho. Agora, conseguimos solucionar demandas internas e com os clientes de maneira mais rápida e efetiva, por exemplo”, conta Humberto.
Outro caso semelhantes ocorreu ao final de 2014, quando Ricardo Notare Costa Junior, então diretor de uma agência de intercâmbio em Recife (PE), decidiu assumir a marca 2be Study para o seu negócio. A rede é uma das principais franqueadoras no segmento, o que fez o empresário ir ainda mais longe: tornou-se master-franqueado para as regiões Nordeste e Norte. “Após o processo de transição, passei a focar nas vendas de um leque de produtos bem maior que o anterior e a própria rede me auxilia na gestão da unidade, pois conta com um BackOffice bem robusto. Basicamente, eles fazem todo o ‘dever de casa’ para mim e eu me preocupo somente com os resultados que dependem de meus esforços”, explica.