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Aeroshoppings são vitrines para expansão de varejistas no exterior

Não são apenas empresas voltadas para moda que estão de olho neste tipo de negócio

Aeroshoppings são vitrines para expansão de varejistas no exterior
Sua Franquia Publicado em 11 de Maio de 2009 às, 20h56. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 02h59.

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Manter um ponto-de-venda em um aeroshopping - aquelas galerias de lojas instaladas em aeroportos - pode custar o dobro do valor do que fazer parte de um shopping center tradicional mas, mesmo assim, este tipo de empreendimento tem chamado a atenção de varejistas de diversos segmentos. Apesar do alto investimento, a justificativa das empresas é que os aeroportos servem de vitrines para divulgar suas marcas no exterior.

Com varejistas na fila por uma vaga, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), responsável pela administração de 67 aeroportos e 14 aeroshoppings, planeja a abertura de mais cinco dessas galerias em 2009 e, para isso, deve contar com parte da verba de R$ 1 bilhão - proveniente do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e da própria Infraero - destinada a investimentos em aeroportos brasileiros.

A Chilli Beans, varejista de óculos de sol com 225 pontos-de-venda no País, percebeu que os aeroshoppings servem de vitrines para a expansão de suas franquias no exterior. A rede já conta com franqueados em Portugal (6), Panamá (2) e Estados Unidos (2), e atribui o bom desempenho no exterior a sua presença em quatro aeroshoppings do Nordeste. "Vemos os aeroshoppings mais como um investimento na construção da nossa marca. O próximo passo é abrir uma franquia em Dubai", afirma Mario Ponci Neto, diretor de expansão e novos negócios da rede.

Os próximos aeroportos a contar com estrutura de aeroshoppings são: Galeão - Antonio Carlos Jobim (RJ); Londrina - Governador José Richa (PR); Marechal Cunha Machado (MA); Florianópolis (SC) e Goiânia (GO). "Eles já têm lojas, mas não possuem o conceito de aeroshopping que é, entre outras coisas, ter um projeto de comunicação visual apropriado", conta Fernando Nicácio, diretor comercial da Infraero.

Nicácio admite que manter uma loja em um aeroshopping é mais caro do que em um shopping tradicional. "Durante o processo de licitação, uma loja pode se dispor a pagar um aluguel de R$ 10 mil, enquanto outra varejista diz poder pagar apenas R$ 1 mil. Na maioria das vezes optamos pelo lojista que tem uma operação mais rentável e que, por consequência, pode pagar um aluguel maior", afirma Nicácio.

A varejista e fabricante de calçados e acessórios para praia It Beach, possui 40 pontos-de-venda espalhados pelo País, sendo cinco deles em aeroportos. Apesar do alto custo para manter os quiosques em aeroportos, a empresa, que exporta seus produtos para 27 países, quer fortalecer sua presença nos aeroshoppings brasileiros. "Estamos participando de dez licitações. Manter um quiosque em um aeroporto pode custar o dobro do preço de se ter uma loja em um shopping center, mas vale a pena pois os aeroportos servem para divulgar nossa marca no exterior", conta Ana Almeida, estilista da It Beach, que enfrenta a concorrência de quiosques como os da Havaianas.

Um dos aeroportos com aluguéis mais altos é o de Guarulhos - Governador André Franco Montoro, na Grande São Paulo. Segundo varejistas, neste aeroporto o custo de um quiosque, que tem em média 5 m , pode variar entre R$ 12 mil e R$ 15 mil, preço comparado a uma loja de 35 m em um shopping voltado para as classes mais abastadas como o MorumbiShopping, na capital paulista. Em shoppings como o Ibirapuera, também em São Paulo, o custo do aluguel de uma loja, com 35 m fica em torno de R$ 7 mil. Nos aeroshoppings, os contratos duram por cinco anos, renováveis por mais cinco, mas também existem contratos mais curtos, com duração de dois ou três meses.

Não são apenas as empresas voltadas para moda que estão de olho neste tipo de empreendimento. O grupo GRSA, de soluções em alimentação, também aposta nos aeroshoppings. "O volume de vendas é bastante interessante", diz Pierre Berenstein, diretor de serviços do grupo, que é franqueado de redes como Bob’s, Subway e Montana Grill. "Depois do check-in, os pontos mais visitados nos aeroportos são as praças de alimentação, seguidas pelos banheiros", afirma Berenstein. Segundo a Infraero, atualmente existem 1,5 mil pontos comerciais em operação nos aeroshoppings.

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