Considerando que o sistema de franchising é um fenômeno relativamente recente no Brasil, a sucessão em empresas do gênero ainda é um tema pouco falado. Dados mostram que o crescimento do setor só se tornou mais visível nos últimos dez anos: o número de unidades franqueadas entre todas as redes associadas à Associação Brasileira de Franchising (ABF) saltou de 25.001 para 114.409 unidades entre 2001 e 2013. Logo, a grande maioria ainda está sob o comando de seus primeiros investidores.
A Fisk é uma das maiores redes independentes de centros de ensino do Brasil, com mais de 1.000 escolas em funcionamento, sendo 31 próprias e 971 unidades, espalhadas por todos os estados e pelas principais cidades brasileiras, além de unidades em Angola, Argentina, Japão, Paraguai, Bolívia e, recentemente, também no Chile. Com metodologia própria, as escolas da rede Fisk oferecem cursos de inglês, espanhol, português para brasileiros e informática; promovem intercâmbios para o Canadá e Londres.
A rede é a única franqueadora da área de educação que recebeu duas vezes o título de Franqueadora do Ano da Associação Brasileira de Franquias (ABF). É a primeira empresa do setor de idiomas a contar com gráfica própria, produzindo 500 mil livros em parque gráfico de 5.000 m², a Support, onde trabalham cerca de 200 funcionários e com produção voltada exclusivamente para atender às demandas da Fundação.
A Fisk Centro de Ensino, uma das redes pioneiras em franchising, contudo, já tem aproximadamente 35% de suas franquias comandadas pela segunda e até pela terceira geração: “Começamos a franquear na década de 1960, quando o termo utilizado dentro da rede ainda era ‘método autorizado’ – por isso é natural que muitas unidades já tenham sido passadas para administração de filhos e até netos”, explica o Diretor da Fundação Fisk, Christian Ambros.
O suporte oferecido pela Fundação Fisk vem ajudando os empreendedores a darem continuidade à franquia com sucesso. Em geral, a Fundação Fisk encara de forma positiva a sucessão: “Normalmente, o administrador mais jovem encontra facilidade para adotar as novidades oferecidas pela Fundação Fisk e se apoia em estratégias inovadoras para captar novos alunos”, explica Ambros.
E quando o franqueado não possui herdeiros que possam dar continuidade ao negócio? “É comum isso acontecer e muitas vezes a direção da unidade acaba indo parar nas mãos de um funcionário antigo e de confiança interessado em assumir a empresa”, explica Ambros. Caso o franqueado não deseje continuar com a franquia nem iniciar um processo interno de sucessão, a Fundação Fisk também oferece suporte na hora de negociar com um interessado na unidade.
A rede registra um bem-sucedido histórico de mudança de direção, o que leva a Fisk a ter uma das menores taxas de “mortalidade” do franchising brasileiro: “Nos últimos 5 anos, apenas 3 escolas deixaram ou trocaram de rede em todo o país. Isso demonstra a solidez da rede, que só cresce”, finaliza Ambros.
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