Estimulados pelo sucesso Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, ou do Buscapé, criado por universitários em 1999, jovens deixam de lado estágios e concursos públicos e investem em ideias próprias para obter o sucesso profissional.
Para o administrador Ricardo Santos, 28, o principal motivo da mudança no comportamento dos jovens é a falta de oportunidades em empresas grandes.
“Hoje a indicação interna é a maior responsável pela contratação de pessoas. Além disso, é preciso trabalhar muitos anos por um salário melhor ou uma promoção, quando você é seu próprio chefe o crescimento fica em suas mãos”.
Outra opção para quem quer começar na posição de chefia são as franquias. No Brasil o mais jovem franqueador iniciou seu negócio aos 16 anos. Felipe Gomes Escaleira, hoje com 19 anos é dono de cinco franquias da escola de inglês Wizard, e conta 62 funcionários, 1.350 alunos, o que garante a ele um patrimônio de R$ 2,5 milhões.
Segundo declarações de Felipe não é preciso ter muito dinheiro para investir em um negócio, mas acreditar que tudo é possível quando há disposição para trabalhar pelo que se deseja.
Para a advogada Sandra Brandão quem dita o sucesso no mercado de franquias é o empreendedor. “A vantagem da franquia é tomar conhecimento do “know how” de quem já testou seu negócio e já sabe o caminho. Essa sistemática é bastante interessante, pois minimiza os comuns erros de quem inicia seu negócio sozinho. Quanto à lucratividade, dependerá do negócio”.
No início deste ano, o Buscapé lançou o desafio “Sua idéia vale R$ 1 milhão”. Cerca de 2.500 empreendedores participaram do concurso com 800 projetos inscritos. Desses apenas quatro se tornaram start-ups (empresas novas que geram lucro rapidamente) do grupo. O site “Meu Carrinho”, por exemplo, foi criado por quatro amigos recém-formados em Engenharia da Computação na Unicamp.
O Buscapé vai repetir a competição no ano que vem. O processo de seleção leva em consideração a integração do projeto com o grupo. Um dos vencedores deste ano, o “Anuncie Já”, traz ferramentas de e-commerce para pessoas físicas em redes sociais e tem potencial de integração, por exemplo, com o “Que Barato!”, site de classificados online do grupo.