A rede de livraria Nobel fechou o primeiro contrato para expandir sua atuação pelos países da América do Sul. A cidade escolhida foi Bogotá, na Colômbia, e a previsão é que as operações comecem no próximo ano. "A Colômbia tem potencial. As poucas redes de livrarias que existem estão concentradas apenas nas grandes cidades. Os modelos das concorrentes são antigos e há muitos pólos econômicos regionais a serem desenvolvidos", afirmou Sérgio Milano Benclowicz, diretor da Nobel.
Com franquias no México, Espanha, Portugal e em Angola, a direção da rede de livrarias prevê que, com esse contrato, consiga chegar a 100 lojas em dez anos na Colômbia. A Argentina é o próximo país na fila.
O master franqueado será responsável por montar a loja e expandir a rede pelo país por meio da venda de novas franquias para outros empreendedores. Além disso, o empresário Manuel Barragan, que iniciará as operações colombianas, deve pagar os royalties e a taxa de franquia, cujos valores o diretor da Nobel não quis revelar.
"Nesta expansão internacional, gostaríamos de ter uma franquia por país. A partir dela, o franqueado master deve comercializar outras franquias. Ele tem que se focar em espalhar a marca e não ficar preso às lojas", disse Benclowicz, explicando que a primeira Nobel da Colômbia servirá como piloto.
Segundo o diretor, agora é um bom momento para a expansão pelo continente, dado que o setor não parece prejudicado pela crise e ainda é pouco desenvolvido nos mercados da região. "Quanto antes entrarmos nos mercados mais atrasados, melhor", disse.
"A expansão para outros países faz parte de um investimento futuro. A nossa visão estratégica é nos tornarmos uma rede globalizada e atraente para os editores globalizados", afirmou o executivo, sem detalhar quanto pretende ganhar com a entrada na América do Sul.
Com uma média de crescimento de 8% no faturamento e de 15% no número de lojas por ano, a Nobel prevê abrir 600 lojas em toda a América Latina em dez anos. "Vamos entrar na Argentina no ano que vem. Só não encontramos o parceiro certo ainda", garante Benclowicz. No Brasil, a rede conta com 190 lojas abertas e 205 contratos de franquias fechados. A rede é a quarta maior livraria do setor, com faturamento de R$ 140 milhões no ano passado.
Além da expansão pela América Latina, a Nobel está investindo no desenvolvimento de livros da sua própria editora para diminuir a dependência de outras casas editoriais. "A perspectiva é de que a participação dos livros próprios chegue a 30% das vendas em cinco anos em nossas livrarias", afirmou Benclowicz.
No primeiro semestre deste ano, a editora Nobel apresentou crescimento de 30% no faturamento, frente ao mesmo período de 2008. Hoje, suas produções representam 10% das vendas das lojas da empresa.
O braço de editora da companhia existe desde a inauguração da Nobel, mas se baseava apenas em materiais técnicos. Ao mudar a estratégia e começar a segmentar os temas dos livros, a editora passou a produzi-los com marcas específicas, como a Zastrás, que engloba os infantis, e com o selo da própria Nobel, com livros de literatura clássica.
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