Natural de Curitiba, Guylherme Ribeiro conheceu o universo de tecnologia quando mal tinha saído da adolescência, aos 20 anos. Vindo de uma família de vendedores e contando apenas com um carro, parcelado em 60 vezes, ele decidiu utilizar o montante que tinha em mãos, de 7 mil reais, para empreender no mercado. Pois esse é o início da história do fundador da Suporte Smart, Guylherme Ribeiro.
Com apoio e ajuda de um amigo, viajou para São Paulo para comprar peças de reposição para celulares. De posse delas, montou sua primeira loja, ainda modesta, a loja chamada Reicell, mas que mostrou potencial já no início, em 2010. “No primeiro dia de abertura da loja, conseguimos vender 100 reais, o que para a gente significou muito, pois minha lógica foi: abrindo todos os dias, vou faturar 3 mil reais por mês. É muito grana!”, brinca o empresário.
Para consertar os celulares, o empreendedor via tutoriais no Youtube e foi assim, aprendendo na prática, que a loja modesta começou a crescer. Seis meses depois, ele conseguiu abrir a segunda loja. Depois, a terceira e a quarta. Tudo isso em menos de dois anos.
Com esse aumento da demanda, ele precisou contratar mais gente, comprar mais peças. Foi quando vieram os primeiros desafios de gestão. “Eu percebi a necessidade de estudar mais sobre gestão, a enxergar as minhas lojas como um negócio, de fato”, explica.
Nasce uma distribuidora
Em 2014, Ribeiro resolveu viajar para a China e visitar mais de 12 fábricas de reposição de celulares. Ao chegar ao Brasil, evidentemente, sua mentalidade empresarial, estava mais ampla. Foi quando ele decidiu abrir uma importadora e distribuidora de peças para fazer a revenda para outras lojas.
Apesar de parecer que ele estava dando subsídios para os concorrentes crescerem, a verdade mesmo era que ele estava faturando muito com tudo isso. “O que eu faturava em 1 mês com a distribuidora, levava quase 6 meses para faturar com as lojas”, compara. Foi quando decidiu vender as lojas e ficar só com as distribuidoras, ainda em 2014.
Um passo para trás, dois para frente
Porém o que parecia ser apenas uma “ajuda no faturamento”, tornou-se o foco principal da marca, principalmente após um anúncio despretensioso em uma rádio de alcance nacional. “A demanda por serviços cresceu de uma forma assustadora, precisei contratar mais atendentes, mais técnicos, o faturamento dobrou. Enquanto isso, a distribuidora foi decaindo, principalmente por causa da concorrência, que aumentou muito”, conta o fundador.
O que vem a seguir foi inevitável. Ribeiro decidiu investir mais na loja, o que provou ser uma aposta muito acertada. Até o início de 2017, ele já tinha quatro unidades da iService Soluções.
Nasce uma franquia
Gerir quatro lojas é um grande desafio. Agora imagine quadruplicar os desafios que envolvem fazer gestão de pessoas, oferecer os melhores produtos e serviços, atender com qualidade, equilibrar as contas e faturar. Essa dificuldade, e também a vontade de crescer ainda mais, fizeram o empresário franquear a primeira unidade, o que ocorreu em janeiro de 2017, só que com um novo nome: Suporte Smart. No entanto as quatro unidades próprias continuaram como iService Soluções.
Em 2017, Ribeiro contabilizou 18 franquias abertas, isso tudo sozinho, sem nenhum tipo de consultoria ou similares. No entanto, apesar do sucesso inegável, o fundador percebeu muito rápido a importância de contar com uma boa equipe para fazer essa expansão, o que ele já está fazendo. Ainda mais porque sabe muito bem que esse mercado não dá o menor sinal de desaceleração no crescimento. Afinal de contas, quem hoje em dia arrisca ficar sem celular?
O trabalho da Suporte Smart é disseminar os serviços ofertados, de modo a fazer o franqueado entender que para abrir uma loja não é preciso apenas saber consertar um aparelho celular, mas, principalmente, ganhar dinheiro consertando. Para tanto eles dão todo suporte e oferecem, inclusive, treinamentos e suportes gratuitamente, para que o investimento em qualidade, agilidade e variedade seja um grande diferencial da rede, tendo em vista que lojas do segmento pululam por aí.
Com um faturamento de R$ 20 mil e o diferencial de resolver 90% dos problemas técnicos em até 40 minutos, além de 60 tipos diferentes de serviços no catálogo, peças homologadas e disponibilidade de fazer uma espécie de delivery de celular, a microfranquia segue batendo recordes em um mercado que Ribeiro agora tem na palma da mão.
Fonte: Empreendedor