A rede de franquias Casa do Notebook começou em 1988 com o nome Alphaville Informática. Passou a usar a marca fantasia pelo qual é reconhecida quatro anos depois, quando o termo "notebook" ainda mal era conhecido. De lá para cá, a marca passou a trabalhar com venda e serviços voltados a produtos de informática em geral. Hoje, conta com 45 unidades, das quais 41 são franqueadas.
O produto pelo qual a rede tem fama não é o foco da marca hoje. As vendas correspondem a 60% do faturamento da empresa, sendo a maior parte relativa a acessórios e peças. Os 40% restantes são provenientes da assistência técnica, que passou a ser um dos principais atrativos da empresa frente à concorrência de grandes redes de comércio de eletrônicos e supermercados.
"O serviço é bem mais rentável, porque não exige custo de mercadoria. É o que faz a rentabilidade das nossas lojas", diz Paulo Castanho, diretor comercial e fundador da Casa do Notebook. A rede atende também às empresas, oferecendo produtos e assistência. "Não é só uma loja. Somos uma empresa de informática", afirma.
A Casa do Notebook também vende produtos e presta serviços de tecnologia que vão além dos computadores, como smartphones e tablets. "Hoje em dia, misturou tudo. O que vier na área de tecnologia, estamos de olho."
Rede de franquias
Paulo abriu outras unidades da Casa do Notebook na capital e no interior de São Paulo. Em 2007, deu início a um projeto de expansão a partir de um sistema de licenciamento de marca. Ao atingir 20 unidades, três anos depois, o projeto foi modificado para o modelo de franchising.
Apesar da pouca divulgação, o diretor afirma que a marca atrai muitos interessados em franquia. "No início, tivemos uma média de quase uma loja por mês." Segundo ele, o atendimento pessoal e o formato menor da loja conquistam muitos clientes.
O contrato de franquia exige uma padronização mínima de produtos e serviços prestados, mas há liberdade para o franqueador adaptá-los ao mercado local. "A franquia é muito boa porque você pode administrar como bem entender. A única preocupação dele é com a marca. Como eu sou usuário, tenho que cuidar bem", conta Arnaldo Vernissi, proprietário da unidade de Campinas (SP) desde 2009. "Eles indicam os fornecedores, mas tenho liberdade de escolher outros. Essa é a vantagem. Tenho muitos distribuidores aqui, o que traz economia no frete", diz.
Expansão
Desde o início do ano, já foram fechados negócios com 11 novas franquias. O projeto inicial era terminar o ano com 50 unidades, pensando em ampliar a distribuição da rede, que se concentra principalmente no Sudeste e Norte. Paulo diz, no entanto, que não sabe se a meta será alcançada. "Com certeza, não é mercado que falta", afirma. "O que prejudica um pouco a nossa empresa é a falta de verba. Somos uma empresa pequena ainda."
Arnaldo acredita, no entanto, que o mercado não está em seu melhor momento. "Sempre existe possibilidade de adquirir outra franquia. Mas não estou pensando nisso agora porque é um mercado que tem uma sazonalidade muito grande. Os preços dos notebooks têm baixado bastante e o valor dos serviços tem que estar adequado a essa realidade. Não adianta ampliar se o local está um pouco saturado", opina.
A marca pretende expandir a rede de franquias para 300 unidades nos próximos cinco anos. Parte dos planos inclui realizar importações diretamente pelo franqueador, revendendo esses produtos para as lojas.
Franquia em números
Setor: informática
Resumo do negócio: venda e assistência técnica de produtos de informática
Número de unidades: 45
Unidades próprias: 4
Unidades franqueadas: 41
Faturamento mensal médio: entre R$ 30 mil e 35 mil
Taxa de franquia: entre R$ 35 mil e 60 mil, de acordo com o tamanho da cidade; Grande São Paulo: R$ 70 mil; São Paulo: R$ 90 mil
Taxa de propaganda: inclusa na taxa de royalties
Taxa de royalties: de R$ 1.440 a R$ 2.880 mensais, dependendo do tamanho
Principais concorrentes: pequenas lojas de atendimento técnico