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Novos modelos de negócio são alternativa para transformação de empresas familiares

Como a Sigbol Fashion, com 50 anos de existência, conseguiu se reinventar e faturar milhões

Novos modelos de negócio são alternativa para transformação de empresas familiares
Sua Franquia Publicado em 09 de Maio de 2019 às, 16h00. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 02h59.

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Meio século. Essa é a idade da Sigbol, escola de cursos profissionalizantes de moda. Como uma “senhora madura”, a empresa familiar está em sua segunda geração. Durante esses anos, o negócio enfrentou muitos desafios, como por exemplo, a avalanche de produtos chineses que desembarcaram no Brasil nos anos 90. Isso diminuiu o interesse do público pelo mercado têxtil brasileiro. Quando Aluizio de Freitas assumiu o cargo de diretor, em 1996, a empresa tinha algumas dívidas e o desafio de reinventar a marca. Com uma nova visão de mercado, o empreendedor conseguiu sanar todas as contas e levar o faturamento da empresa para casa de milhões.

A família de Aluizio começou a empreender a partir de um encontro oportuno. Seus pais, Carmen Aparecida de Freitas e Aluízio José de Freitas, eram presidentes da Associação de Pais e Mestres (APM) de um colégio de São Paulo e queriam organizar aulas de corte e costura para os pais de alunos. Então, saíram em busca de formas de simplificar o processo. Foi nesse momento que a Dona Elvira Nunari entrou em cena. Italiana, modista, que vendia encartes e livretos ensinando a confeccionar roupas, foi responsável pelo desenvolvimento de um método simples de corte e costura.

Conhecida como “Siga as Bolinhas”, a técnica, que dava nome à editora Sigbol, era similar às tradicionais atividades de ligar os pontos. Assim, os alunos tinham as distâncias e coordenadas determinadas para fazer cada molde de roupa. No final dos anos 70, a empreendedora vendeu os direitos da sua marca para os pais de Aluizio. Com o tempo, a família Freitas desenvolveu e passou a investir também em cursos profissionalizantes, em uma escola situada na Vila Mariana.

As viradas

“A década de 90 foi muito ruim para a confecção. As indústrias nacionais não tinham como concorrer com os produtos chineses”, afirma o diretor. Com o mercado difícil, Aluizio estava desacreditado, mas, mesmo assim, resolveu investir em um plano ambicioso: inaugurar novas unidades para contemplar outras regiões de São Paulo. “A locomoção pela cidade tornou-se mais difícil, dificultando a locomoção de pessoas de outras regiões para a Vila Mariana, então decidi levar os cursos para essas regiões com intuito de atender as demandas dos mercados locais, como Itaquera”, diz o empreendedor.

A estratégia deu certo e fez a marca ver que poderia expandir ainda mais com o modelo de franquia. “Investir no franchising não foi uma ideia tirada do nada. Em 2011, já éramos uma empresa com 42 anos e tínhamos um negócio estruturado que poderíamos replicar e ajudar a população que buscava profissionalização ou geração de renda. Essa sempre foi a nossa missão”, afirma.

No início, a Sigbol trabalhou com um modelo único de franquia, que tinha um investimento de R$ 125 mil e seria aplicado só em grandes centros e capitais. Só que a empresa começou a receber muitas demandas de cidades menores. Era preciso se reinventar novamente. Assim, a franquia apostou no modelo Smart. Com investimento de R$ 85 mil, o franqueado consegue adquirir uma estrutura mais compacta e com menos custos. “Essa estratégia foi um sucesso”, explica Aluízio.

No entanto, esse modelo ainda era restrito a cidades com mais de 150 mil habitantes. Veio assim a ideia de investir em um modelo Basic. O intuito era oferecer uma estrutura adaptada para municípios acima de 50 mil habitantes e, neste caso, o investimento inicial necessário é de R$ 27 mil. Hoje, a empresa tem 27 unidades e está sempre buscando formas de inovar. Uma das mais recentes mudanças promovidas pela rede é a produção de seu novo material didático. A ideia além de atualizar o conteúdo técnico é inserir cores nos materiais didáticos. “A Sigbol busca incessantemente adaptar se às necessidades do mercado que está em constante evolução”, diz.

 

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