De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o estado de São Paulo concentra 53,3% das redes franqueadoras do Brasil. Em função de seu potencial econômico, a região é vista como um dos principais polos de expansão das empresas do setor, no entanto, algumas redes estão apostando nas cidades fora do eixo da capital paulista para crescer, como é o caso da Sigbol Fashion, rede de franquia especializada em cursos profissionalizantes de confecção e moda, que planeja abrir neste ano 6 unidades no estado de São Paulo, pensando em cidades do interior e litoral onde ainda não está presente. A expectativa representa 60% de seu plano de expansão em 2016.
Nos últimos anos, as empresas do setor de franquias encontraram nas cidades do interior uma alternativa para expandir fora dos grandes centros e capitais, que muitas vezes estão saturados pelo crescente número de empresas e consumidores habituados a terem o máximo de opções de serviços e atendimentos, sem a necessidade de se prender a nenhum deles. De olho nesse mercado regional, a Sigbol Fashion, primeira e única escola no segmento de franquias que oferece cursos de confecção e moda, decidiu criar em 2014 o formato de franquia Smart, estruturado para cidades com população entre 150 mil e 300 mil habitantes, que requer um investimento inicial de R$ 69.900. O foco principal da expansão da rede de cursos profissionalizantes em São Paulo está voltado para o interior e litoral do estado, contemplando, por exemplo, municípios como Santos, São Vicente, Piracicaba, Bauru, Americana, Ribeirão Preto e Limeira. A expectativa é a de abrir, pelo menos, uma escola em cada uma dessas regiões ainda neste ano, aproveitando as oportunidades oferecidas pelas cidades. “Geralmente, os empreendedores locais conhecem bem a região, o público e seus hábitos de compra, além do local mais adequado para montar o negócio, fato que otimiza a implantação da unidade e torna mais assertivo o contato com seu público-alvo”, ressalta diretor da Sigbol Fashion, Aluizio de Freitas.
Para o executivo, o setor da moda vem crescendo no Brasil nos últimos 20 anos e o corte e costura é um tema que continua em alta, tanto para quem busca ter como profissão criar, confeccionar e vender roupas, empreendendo no próprio negócio, quanto por aqueles que buscam ter um hobby interessante.
Além disso, em tempos de incertezas econômicas no país, o segmento tem sido cada vez mais procurado por pessoas que desejam se profissionalizar para atender a mudança de comportamento dos brasileiros, que ao invés de comprarem itens novos para o guarda-roupa estão investindo cada vez mais em reparos e customizações. “Essa alteração de tendência de consumo também gera oportunidades para os empreendedores, uma vez que a procura pelos cursos não para de crescer e abrir uma unidade da marca se torna uma opção para aproveitar essa demanda. Apenas no primeiro bimestre de 2016 já registramos um aumento de 26% na procura por nossos cursos, com destaque para a formação em corte e costura”, afirma.
Com o sucesso dos cursos e a crescente demanda por formação profissional e de investimento no setor educacional, a marca encerrou o ano de 2015 com faturamento de R$ 8 milhões. Para 2016, a estimativa da rede em termos de expansão segue em ritmo positivo e otimista, o objetivo é ampliar o faturamento global em 20% ante o valor registrado no ano anterior, chegando a R$ 10 milhões. “No atual cenário econômico, nós acreditamos que os cursos profissionalizantes são uma oportunidade para quem busca manter seu emprego, a recolocação no mercado de trabalho ou ainda para quem deseja empreender. O setor é um nicho a ser explorado e oferece ótimas oportunidades a profissionais qualificados”, avalia Freitas.
A Sigbol é a única no segmento de franquias que atua na comercialização de cursos de moda. A empresa, que facilitou e profissionalizou o desenvolvimento de moldes para roupas, tem hoje 20 unidades espalhadas por São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, mas em cinco anos deve ultrapassar o montante de 250 lojas. A marca ingressou no segmento de franchising em 2011. O investimento inicial para quem quer abrir uma unidade da rede varia entre R$ 69.900 mil e R$ 99.900 mil. A previsão de faturamento de toda a marca para 2016 é de R$ 10 milhões.