Ana Paula Harley, franqueadora-máster da rede educacional FasTracKids, explica como é trazer uma marca internacional para o Brasil
A economia brasileira esteve em ascensão nos últimos anos, tanto que o país se tornou parte dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), grupo de países emergentes que possuem franco desenvolvimento econômico. Estes fatores ajudaram a aumentar a confiança dos empreendedores brasileiros, que passaram a investir na vinda de franquias estrangeiras.
Esse foi o caso da empresária Ana Paula Harley e suas irmãs Ana Cecilia Harley Noronha e Ana Beatriz Harley, que em 2007, trouxeram a franquia educacional norte-americana FasTracKids para o Brasil. “O primeiro passo de um investidor que deseja trabalhar com franquias internacionais é verificar a idoneidade da empresa dentro e fora de país de origem. Depois, ele deve fazer uma pesquisa de mercado, para saber se é possível ajustar a empresa às características do país.”, explica Ana Paula.
O FasTracKids foi adaptado para realidade brasileira e funciona em três formatos no país: espaços FasTracKids, salas FasTracKids em negócios pré existentes (como escolas, clubes e academias de ginástica) e Escolas Parceiras FasTracKids (quando instituições de ensino adicionam o método à sua grade curricular). O FasTracKids brasileiro também oferece um serviço especial de transformação das salas de aula comuns em bilíngues.
“O formato FasTracKids mais interessante para o mercado do Brasil é o da sala dentro de escolas, por ter uma taxa de riscos menor do que a de outras modalidades e atrair os pais que procuram colégios em período integral para os filhos”, afirma Ana Paula.
A burocracia foi a principal dificuldade enfrentada pela empresária quando trouxe o FasTracKids para cá. “O processo de nacionalização do contrato da empresa durou 3 anos! Durante este período fiquei impedida de remeter os royalties para os americanos e não pude comercializar nenhuma franquia”, relembra. “O pior da burocracia é enfrentar a falta de informações concretas sobre prazos”, comenta.
Ana Paula deixa um recado para os investidores que planejam lançar-se no desafio de trazer uma marca estrangeira para o Brasil: “conheça profundamente a filosofia e a cultura da empresa na qual pretende investir. Converse com o maior número de parceiros e fornecedores, pois a forma que a entidade trata os seus sócios, subordinados e até mesmo ex franqueados indica como você será tratado por ela.”, finaliza.