O nível de ocupação dos jovens de 18 a 25 anos – capacidade que o mercado tem de gerar postos de trabalho para essa faixa etária – subiu 6,5% de 2003 a 2011, segundo análise do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), sobre a PME (Pesquisa Mensal de Emprego).
É consenso na iniciativa privada que essa massa de novos trabalhadores precisa de qualificação, além do ensino médio completo. No entanto, as franquias na área de educação profissionalizante e treinamento expandiram o número de unidades em apenas 0,1% em 2011, se comparado ao ano anterior. Trata-se da última posição entre 12 segmentos.
Para o diretor executivo da ABF (Associação Brasileira de Franchising), Ricardo Camargo, o setor de educação encontra-se em um estágio de maturidade. “As primeiras redes foram abertas há mais de 30 anos. O grande boom de expansão já ocorreu.”
Como motivos para esse cenário, ele aponta a carência de ponto comercial para a abertura de escolas e o alto valor dos aluguéis decorrente de bolha imobiliária e a fusão de marcas, ocasionando o fechamento de unidades por excesso de oferta de escolas em locais onde não há estudantes suficientes para todas elas.
Um grande exemplo desse movimento de incorporação é o Grupo Multi. A holding, iniciada com a fundação da rede Wizard, controla hoje outras nove marcas – Yázigi, Skill, Alps, Quatrum, Microlins, Bit Company, SOS, e People – e é sinônimo de liderança, com mais de 700 mil alunos.
Devido à conjuntura, Camargo apresenta, como tendências, a interiorização das escolas, principalmente, para cidades de médio porte das regiões beneficiadas por planos governamentais de fomento dos setores como petróleo o gás, construção civil e mineração.
Ainda assim, com os novos modelos de negócios e cursos, o diretor da ABF projeta um crescimento mais significativo do segmento como um todo em 2012. “Apostamos em algo entre 2% e 3% de aumento do número de unidades franqueadas. Modelos como o da Prepara Cursos são sustentáveis e acredito que essa marca vá entrar pesado nas capitais.”