Franquias de educação profissional optam pelo Nordeste para crescer
O setor teve um crescimento de 4,5% no primeiro semestre deste ano
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Publicado em 31 de Agosto de 2009 às, 15h05. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 02h59.
A ameaça do desemprego, em função da crise financeira mundial, proporcionou a empresas franqueadoras de educação profissional e informática um aumento de novos contratos no primeiro semestre deste ano. O fato se deve à grande demanda por qualificação profissional, principalmente na região Nordeste do país. O gerente de expansão do grupo S.O.S., João Carlos Ferreira, diz que o fenômeno mudou as estratégias da empresa. Por ordem de prioridade, "o Grupo pretende se expandir nas Regiões Nordeste, Norte, Centro-Oeste, Sul, e por fim no interior do Estado de São Paulo", destaca Ferreira.
Os mercados da região Norte e Nordeste foram pontos-chave para o melhor desempenho do grupo S.O.S. Ferreira explica que a estratégia de expansão, até o final de 2009, "exclui a capital de São Paulo". Com o cenário favorável para o setor, a marca garantiu um aumento de 4,5% no seu lucro líquido quando comparados os resultados dos primeiros semestres de 2008 e 2009. "O que ajuda muito a nossa entrada no Nordeste são as facilidades de financiamento que o Banco do Nordeste está oferecendo ao pequeno empresário", completa.
A empresa investirá cerca de R$ 1,2 milhões, este ano, na área de expansão. A meta para 2009 era acrescentar 20 unidades franqueadas. Conforme Ferreira, a marca foi superada, totalizando 21 novas unidades.
Cinco negócios se concretizaram no primeiro semestre. Entre os meses de junho e julho, a empresa vendeu mais cinco franquias, cujas unidades estão em fase de instalação. Os 11 contratos restantes estão em "fase de prospecção de imóvel". Ferreira afirma que o objetivo foi superado "com apenas 58,3% do valor estipulado para expansão". "Até agora, gastamos R$ 700 mil."
Segundo a diretora comercial e de marketing da Consultoria Bittencourt, Liana Bittencourt, "O que viabiliza os investimentos em franquias de educação é o investimento baixo". Em média, essa injeção de recursos para abrir uma unidade é de R$ 150 mil.
O diretor comercial e de Marketing da Associação Brasileira de Franchising (ABF), José Carlos Semenzato, credencia a procura por franquias do setor da educação e treinamento à sua maturidade. Ele explica que o setor de franquias faturou, em 2008, cerca de R$ 55 bilhões. O segmento de educação e treinamento é responsável pela geração de aproximadamente 8,7% desse total, ou seja, R$ 4,833 bilhões.
Conforme o último balanço da ABF, referente ao final de 2008, todos os segmentos de franquias no país totalizavam 71.954 unidades. O setor da educação e treinamento é dono de uma fatia de 15,81% desse montante, o que representa 11.383 unidades. Na sua frente ficaram apenas os segmentos de negócios e serviços, com 21.631 unidades, e de esporte, saúde e beleza, com 12.194. Para o presidente da Eurodata, Ramon Fogeiro Ascencio, a expansão da rede para estados como o Ceará, Pernambuco e a Paraíba vem de investimentos internos. "Melhoramos a tecnologia da rede e ampliamos a grade de cursos. Isso abriu as portas de outras regiões."
A rede atingiu 66% da meta no primeiro semestre. O objetivo eram 30 novas unidades, e a marca chegou a 20 novos franqueados. "O valor para expansão este ano é de R$ 600 mil", diz Ascencio. Na conclusão deste ano, Ascencio espera um aumento de 20% no faturamento, em relação a 2008.
Uma das maiores do setor, a Microlins também pretende diversificar a sua expansão. A empresa cresceu 8% no intervalo de dezembro de 2008 a junho deste ano. O diretor executivo de Operações da empresa, Daniel Guedes, explica que o objetivo de crescimento da empresa para o ano é de 9%, mesmo sem alcançar a meta de contratos do primeiro semestre. "Nosso objetivo era abrir cerca de 50 franquias neste semestre. Nós fechamos apenas 30 contratos."
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