No Rio de Janeiro, o Sebrae formatou franquias para 27 pequenos negócios. Eles oferecem serviços ou produtos diferentes da concorrência. “A franquia é uma forma de expansão para a pequena empresa e ela deve pensar depois que ela já tem o registro da marca no INIPI e quando ela tem um diferencial de negócio”, observa Jaqueline Garcia, Sebrae – RJ.
Uma escola de idiomas de Itaboraí apostou no negócio. Depois de 23 anos no mercado, a empresária Roseli Santana de Magalhães abriu franquias. “Na realidade eu quero propagar um trabalho bem feito, é lógico que tem a parte financeira, mas é um trabalho de muitos anos que deu certo”, comenta a empresária Rosani Santana de Magalhães.
A escola de inglês, francês e espanhol já tem três franquias. A empresária analisa com cuidado o perfil dos novos candidatos. “Eu quero uma pessoa que seja empreendedora”, afirma Rosani.
A escola oferece manuais de gestão, apostilas e três professores das franquias.
O investimento para montar uma franquia é de R$70 mil. Por enquanto, todos os franqueados são ex-alunos da escola. Érika Soares e Rodrigo Rocha montaram uma franquia em São Gonçalo. Já atendem 65 alunos. “É um momento em que, com o resultado do trabalho, toda a estrutura se paga”, analisa a franqueada Érika Soares.
Nos primeiros dois anos, as franquias aumentaram o faturamento da empresa em 5%. “Eu quero conquistar de 5 a 10 franquias até o final de 2009. Essa é a nossa meta”, observa Rosani.
Uma brincadeira que aproxima as crianças da informática. Daniele Costa e Flavia Dalanana eram sócias de uma pequena escola de informática na cidade do Rio. Elas perceberam que a empresa cresceria se ao invés de esperar pelas crianças elas fossem até onde elas estão: o colégio.
Com a ajuda do Sebrae elas formataram uma franquia. Criaram uma metodologia de ensino específica para ser aplicada nas escolas, junto com as aulas de matemática, português, geografia. “A gente vai trabalhar uma redação em português, então ele vai para o word. Nesse momento, ele vai aprender o conteúdo, o técnico, os conceitos do editor de texto, as ferramentas. Mas inserido no planejamento pedagógico da escola”, explica a empresária Danielle Costa.
A empresa já terceiriza o ensino de informática em 50 escolas e creches. E possui 13 franqueados e atendem mais de 50 escolas. A taxa de franquia custa de R$6 mil a R$8 mil. E o candidato deve ter entre R$5 mil e R$12 mil de capital de giro.
Silvana Pizani Couto comprou a primeira franquia. Deu tão certo, que investiu na segunda. O lucro em cada uma chega a R$ 7 mil por mês: “Hoje estou com 10 escolas, foi um crescimento além do que eu esperava”.
O modelo de ensino criado pelas empresárias já atende 10 mil crianças. Elas querem vender mais sete franquias até o fim de 2009. “Isso é muito legal, quando você vê a sua marca crescendo, sendo bem trabalhada e divulgada em outros lugares”, diz Danielle Costa.
Para formatar as franquias, o Sebrea avalia o valor da marca, o quanto é preciso investir e as possibilidades de lucro. Os números do setor no Brasil mostram que esse é um bom negócio.
“Quando ele compra uma franquia a marca já é conhecida, o negócio já é testado, o consumidor já conhece, então fica mais fácil se manter no mercado”, avalia Jaqueline Garcia, Sebrae.