Primeira franquia de LEDs expande lojas no Brasil: Segundo o fundador, a falta de uma rede especializada é uma carência no país; sua intenção é criar a própria marca de lâmpadas até 2018
O Brasil já conta com a primeira rede de franquias especializada em LEDs. A empresa Leds e Leds, fundada por Ailton Gomes Duarte em 2010, passa a contar este ano com uma rede de franquias. Já são três unidades em Curitiba, além da loja sede em São Paulo. A expectativa é faturar R$ 2 milhões em 2017.
Com produtos voltados para um consumo de energia elétrica sustentável, a rede fornece iluminação residencial, industrial, comercial e para decoração, com diversas opções de lustres e luminárias. O investimento inicial na sede da empresa foi de R$ 40 mil em 2010. Já no primeiro trimestre de 2017, o empresário obteve retorno de quase R$ 800 mil nas venda de franquias e produtos.
Até então, duas franquias já foram inauguradas em Curitiba e uma outra já está sendo finalizada na cidade. A expectativa do empresário e cientista contábil, é expandir a rede para o Sul, Sudeste e Centro-Oeste, mais especificamente no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro. "Temos uma unidade quase certa no Rio de janeiro e pretendemos até março do ano que vem, chegar a 30 lojas". Para quem tem interesse em adquirir uma franquia de 30 m², o investimento total, entre taxa, estrutura e estoque é de R$ 300 mil. Para quem deseja começar em menor proporção, a rede oferece a opção de investimento de R$ 150 mil para uma loja de 15 m². Segundo Duarte, a previsão de faturamento de uma unidade é de R$ 80 mil/mês em 12 meses de atividade.
A rede é fruto de uma recuperação financeira pessoal de Duarte, que teve sua empresa de material hidráulico falida e precisou se reinventar no empreendedorismo. Além disso, a carência por uma rede especializada em LED no Brasil, também contribuiu para a expansão. "Existem duas razões que motivaram a criação das franquias Leds e Leds: a primeira foi a minha superação, continuar sendo empreendedor, após a falência da minha empresa anterior. A segunda foi que, após analisar o mercado em geral e as tendências, uma lâmpada acendeu em minhas mãos, e algumas delas foram suficientes para eu chegar onde eu queria chegar. Vi a necessidade dos clientes por uma solução em iluminação, com uma rede totalmente focada em produtos de LED".
Mercado
Para se analisar o mercado de LED e sua importância atual na economia e sustentabilidade, é necessário olhar para o setor energético. Os brasileiros vêm enfrentando uma alta frequente na conta de luz. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a energia ficou 6,0% mais cara em julho deste ano, por conta da bandeira tarifária amarela, representando uma cobrança adicional de R$ 2,00 a cada 100 KW/h consumidos.
Aliado a isso, o uso de lâmpadas com tecnologia antiga, como as incandescentes, por exemplo, que apresentam um consumo alto de energia e são mais caras na conta, ainda enfrentam um longo percurso para serem substituídas pelas de LED. "Em 2016 havia uma carência de 550 milhões de lâmpadas instaladas, que tinham que ser trocadas pelas de LED no Brasil. Temos atualmente somente 20% de iluminação consciente instaladas, ainda faltam 80%", afirma Duarte. Além disso, a proibição em 2016 da produção de lâmpadas incandescentes levou muitas fábricas à falência, ressaltando ainda mais a importância do crescimento do mercado LED. Outro fator que poderá contribuir para o mercado é o recente anúncio de desestatização da Eletrobras, que pode gerar mais aumento no preço da energia.
Para Duarte, o momento é o de atrair novos investidores para o negócio. "A multiplicação das lojas é importante para o Brasil e para as cidades onde se instalam. Creio que esse mercado só tem a crescer e vai dominar o mundo. "
A busca por investimentos também será aplicada para expandir a atuação da rede, que pretende criar sua própria marca de lâmpadas LED, produzidas na China. Além disso, quer inovar com outros modelos de lojas, voltadas para demais maneiras de iluminação sustentável, como a venda de lâmpadas que usam a energia solar para gerar luz, já existentes no mercado. De acordo com Duarte, a expectativa é até março de 2018 já contar com esses novos serviços.