O aumento na renda dos brasileiros nos últimos anos despertou o interesse das redes de franquia pelas cidades de médio porte e por regiões das capitais que antes não eram tão atraentes. Entre as cem melhores cidades brasileiras para se abrir uma franquia, dez são mineiras.
"A elevação da renda viabilizou pontos onde antes não havia possibilidade de atuação", diz o diretor executivo da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Ricardo Camargo. Segundo ele, para atender à demanda da classe C e ao potencial de investimento dos empreendedores fora das grandes cidades, as lojas também têm que adaptar seu modelo de negócio.
"A classe C tem desejo de comprar, mas não tem dinheiro para comprar tudo. As empresas estão aprendendo a ter modelos mais simples, que exijam menos investimento e sejam adequados a esse público", afirma. De acordo com Camargo, Minas Gerais é o terceiro mercado do país e tem grande potencial de crescimento, pelo número de cidades de médio porte.
A Casa do Construtor optou por essas cidades. No Estado, a empresa, que trabalha com locação de equipamentos para construção civil, tem unidades em Pouso Alegre e Juiz de Fora, e planos de expansão para Uberaba e Uberlândia, no Triângulo Mineiro, diz um dos sócios, Altino Cristofoletti.
A interiorização dos shoppings centers também contribui para que as franquias rumem para as cidades de médio porte. Segundo a Associação Brasileira de Shoppings Centers, Minas Gerias tem 29 shoppings, sendo 14 fora de Belo Horizonte. Além das cidades tidas como de maior potencial para franquias, Ricardo Camargo, da ABF, cita Sete Lagoas como boa oportunidade. "A cidade vai ganhar um shopping e terá uma revolução no varejo", diz.
Os shoppings são a preferência da Casa do Pão de Queijo, que tem oito lojas no Estado. "Garante tráfego e público qualificado", explica o gerente de expansão, Júlio César Valeriano. A marca tem três tipos de loja, uma maior, outra menor e quiosques.
