Um estudo conduzido pela Pluxee, empresa de soluções de benefícios e engajamento de colaboradores, revela que 76% das mulheres brasileiras acreditam que alcançar cargos de liderança é mais difícil para elas do que para os homens. A pesquisa, realizada com mais de 2 mil entrevistadas, aponta a desigualdade de gênero, o assédio moral e sexual e a falta de suporte adequado como os principais desafios enfrentados no ambiente corporativo.
De acordo com os dados, a sobrecarga de tarefas domésticas, que afeta diretamente a trajetória profissional, e o assédio moral ou sexual são os problemas mais recorrentes, ambos mencionados por 28% das entrevistadas. A diferença salarial (26%) e a dificuldade de promoção devido ao gênero (25%) também figuram entre os principais obstáculos. Além disso, 60% das mulheres que passaram por discriminação no trabalho relataram não ter recebido apoio da empresa ou dos colegas.
Impacto na saúde mental e na produtividade
Os desafios enfrentados no ambiente corporativo geram impactos significativos na saúde mental e no desempenho profissional das mulheres. Segundo a pesquisa, 36% das entrevistadas afirmam sofrer impactos frequentes, enquanto 45% relatam sentir essas consequências ocasionalmente. A produtividade também é afetada: 23% avaliam que a pressão e os desafios enfrentados no trabalho comprometem significativamente seu rendimento. Como reflexo desse cenário, 61% das mulheres já consideraram mudar de área ou deixar o mercado de trabalho.
Políticas de igualdade de gênero e retenção de talentos
Apesar de 55% das entrevistadas afirmarem que suas empresas possuem políticas para promover a equidade de gênero, 34% dizem que não há benefícios específicos voltados para as mulheres, como apoio à saúde mental e reprodutiva. Além disso, 62% apontam a ausência de iniciativas que facilitem a conciliação entre vida pessoal e profissional, como trabalho remoto ou horários flexíveis. Para 68% das participantes, a implementação de políticas mais inclusivas e benefícios específicos para mulheres é essencial para a retenção de talentos femininos no mercado.
Maternidade e desafios na carreira
A pesquisa também destaca os desafios enfrentados por mães no mercado de trabalho. Quase metade das entrevistadas (47%) conhece alguém que foi demitida ou teve seu cargo impactado após a licença-maternidade ou parental, enquanto 42% acreditam que esse período pode prejudicar a ascensão profissional das mulheres. Para minimizar esses impactos, as participantes sugerem medidas como a implementação de políticas de igualdade salarial (60%), maior transparência nos critérios de promoção e combate ao assédio (47%), flexibilização de horários (45%) e programas de mentoria para mulheres (39%). Além disso, 38% defendem treinamentos para reduzir o viés de gênero, e 33% apontam a necessidade de políticas mais inclusivas de licença-maternidade.
A importância da presença feminina na liderança
Para Fabiana Galetol, Diretora Executiva de Pessoas e Responsabilidade Social Corporativa da Pluxee, os resultados da pesquisa reforçam a necessidade de ações efetivas para promover a equidade no ambiente corporativo. “Empresas e líderes precisam investir em políticas eficazes de combate à discriminação, ao assédio e à desigualdade salarial, além de oferecer suporte à saúde mental e flexibilidade para as mulheres”, destaca.
A pesquisa também revela que 80% das entrevistadas acreditam que a presença feminina em cargos de liderança contribui positivamente para o ambiente de trabalho. No entanto, para 76% das mulheres, alcançar essas posições ainda é um desafio maior do que para os homens.
Diante desse cenário, especialistas defendem que medidas concretas e efetivas são essenciais para garantir um ambiente corporativo mais justo, diverso e igualitário.
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