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Pesquisa da Pluxee revela desafios das mulheres no mercado de trabalho

Desigualdade de gênero e assédio são principais barreiras para o avanço profissional feminino

Pesquisa da Pluxee revela desafios das mulheres no mercado de trabalho
Flávia Denone Publicado em 08 de Março de 2025 às, 08h00. Atualizado em 08 de Março de 2025 às, 08h00.

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Um estudo conduzido pela Pluxee, empresa de soluções de benefícios e engajamento de colaboradores, revela que 76% das mulheres brasileiras acreditam que alcançar cargos de liderança é mais difícil para elas do que para os homens. A pesquisa, realizada com mais de 2 mil entrevistadas, aponta a desigualdade de gênero, o assédio moral e sexual e a falta de suporte adequado como os principais desafios enfrentados no ambiente corporativo.

De acordo com os dados, a sobrecarga de tarefas domésticas, que afeta diretamente a trajetória profissional, e o assédio moral ou sexual são os problemas mais recorrentes, ambos mencionados por 28% das entrevistadas. A diferença salarial (26%) e a dificuldade de promoção devido ao gênero (25%) também figuram entre os principais obstáculos. Além disso, 60% das mulheres que passaram por discriminação no trabalho relataram não ter recebido apoio da empresa ou dos colegas.

Impacto na saúde mental e na produtividade

Os desafios enfrentados no ambiente corporativo geram impactos significativos na saúde mental e no desempenho profissional das mulheres. Segundo a pesquisa, 36% das entrevistadas afirmam sofrer impactos frequentes, enquanto 45% relatam sentir essas consequências ocasionalmente. A produtividade também é afetada: 23% avaliam que a pressão e os desafios enfrentados no trabalho comprometem significativamente seu rendimento. Como reflexo desse cenário, 61% das mulheres já consideraram mudar de área ou deixar o mercado de trabalho.

Políticas de igualdade de gênero e retenção de talentos

Apesar de 55% das entrevistadas afirmarem que suas empresas possuem políticas para promover a equidade de gênero, 34% dizem que não há benefícios específicos voltados para as mulheres, como apoio à saúde mental e reprodutiva. Além disso, 62% apontam a ausência de iniciativas que facilitem a conciliação entre vida pessoal e profissional, como trabalho remoto ou horários flexíveis. Para 68% das participantes, a implementação de políticas mais inclusivas e benefícios específicos para mulheres é essencial para a retenção de talentos femininos no mercado.

Maternidade e desafios na carreira

A pesquisa também destaca os desafios enfrentados por mães no mercado de trabalho. Quase metade das entrevistadas (47%) conhece alguém que foi demitida ou teve seu cargo impactado após a licença-maternidade ou parental, enquanto 42% acreditam que esse período pode prejudicar a ascensão profissional das mulheres. Para minimizar esses impactos, as participantes sugerem medidas como a implementação de políticas de igualdade salarial (60%), maior transparência nos critérios de promoção e combate ao assédio (47%), flexibilização de horários (45%) e programas de mentoria para mulheres (39%). Além disso, 38% defendem treinamentos para reduzir o viés de gênero, e 33% apontam a necessidade de políticas mais inclusivas de licença-maternidade.

A importância da presença feminina na liderança

Para Fabiana Galetol, Diretora Executiva de Pessoas e Responsabilidade Social Corporativa da Pluxee, os resultados da pesquisa reforçam a necessidade de ações efetivas para promover a equidade no ambiente corporativo. “Empresas e líderes precisam investir em políticas eficazes de combate à discriminação, ao assédio e à desigualdade salarial, além de oferecer suporte à saúde mental e flexibilidade para as mulheres”, destaca.

A pesquisa também revela que 80% das entrevistadas acreditam que a presença feminina em cargos de liderança contribui positivamente para o ambiente de trabalho. No entanto, para 76% das mulheres, alcançar essas posições ainda é um desafio maior do que para os homens.

Diante desse cenário, especialistas defendem que medidas concretas e efetivas são essenciais para garantir um ambiente corporativo mais justo, diverso e igualitário.

Fonte

Divulgação 

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