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Catho aponta pouco reconhecimento a mães no mercado de trabalho

Pesquisa identificou que 69% das empresas não possuem programas de inclusão, reconhecimento ou capacitação a essas mulheres

Catho aponta pouco reconhecimento a mães no mercado de trabalho
Flávia Denone Publicado em 22 de Novembro de 2024 às, 08h00. Atualizado em 22 de Novembro de 2024 às, 08h00.

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Pesquisa realizada pela Catho — plataforma de empregos — identificou que 69% das empresas não possuem programas para inclusão, reconhecimento e até mesmo capacitação a colaboradoras mães. O estudo, denominado Mães 2024 foi feito em empresas, em sua maioria residente no estado de São Paulo (89%) e atuante, em especial, nos setores de prestação de serviços, indústria e comércio.

Foi identificada ainda certa resistência a contratação e apoio na evolução da carreira de mulheres mães, com 17%. Segundo a diretora de Gente & Gestão da Catho, Patricia Suzuki, é necessário trazer essa conversa e diminuir esses índices. “Isso pode impactar diretamente a experiência das colaboradoras, a cultura da empresa e a retenção de talentos. Horários flexíveis, licenças-maternidades adequadas e suporte para o retorno ao trabalho são algumas práticas que podem auxiliar no processo de conciliação da carreira e maternidade”.

Dados desfavoráveis as mães

No que diz respeito ao espaço de mães dentro das empresas, 42% dos respondentes disseram que menos de 10% do quadro de colaboradores são mães ou gestantes e cerca de 14% não possuem este perfil de colaborador. O número fica ainda mais evidente e preocupante quando comparado a nível nacional, onde 69% das mulheres no Brasil possuem ao menos um filho, conforme dados do Datafolha, mostrando como muitas profissionais ainda enfrentam dificuldades de espaço e o cenário ainda está distante de ser justo e inclusivo.

“Há uma diferença muito grande entre a quantidade de mães do nosso país e de profissionais atuando em regime formal de trabalho. Ter vagas direcionadas para este perfil também é ponto a ser levantado dentro das companhias, contribuindo para mais oportunidades e desenvolvimentos”, complementa Suzuki.

Em relação aos benefícios para o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, os mais oferecidos pelas organizações incluem horários flexíveis (21%), salário-família (17%), seguro de vida familiar (17%) e licença-maternidade (10%). O trabalho remoto foi mencionado por 7% dos respondentes.

Por outro lado, o levantamento da plataforma de empregos apontou que as profissionais mães ou gestantes encontram uma evolução de Soft Skills devido à maternidade, sendo elas: resiliência (14%), proatividade (12%) e empatia (11%).

“A experiência da maternidade, como apontado na pesquisa, acelera o desenvolvimento de soft skills, que podem - e muito - contribuir para o progresso de uma empresa. Práticas inclusivas, desde a conscientização para o tema até a implementação de políticas e incentivos direcionados podem contribuir para a reversão deste quadro. A pesquisa da Catho é um alerta para esse cenário”, finaliza a diretora.

Fonte

Divulgação 

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