Este ano, os segmentos que devem ter maior destaque são vestuário, calçados, acessórios, cosméticos, floriculturas, perfumarias, móveis e eletrodomésticos. Além disso, os restaurantes devem apresentar forte aumento de vendas na data, considerando a reabertura dos espaços sem restrições combinado com o desejo da população em realizar confraternizações familiares. Há ainda espaço para empresas de serviços ligados à beleza, esportes e saudabilidade trabalharem a venda de pacotes promocionais. A avaliação é da KPMG, conduzida a partir de dados de mercado, setor e comportamento dos consumidores.
"Mesmo com todas as dificuldades e os desafios enfrentados pela população brasileira, essa já é uma data muito estimulada pelo setor. Este ano esperamos uma parceria maior entre o varejo e os fabricantes, que devem ajudar com os tradicionais rebates, para proporcionar preços mais acessíveis aos consumidores. A data tem ainda grande apelo emocional e a atual flexibilização na circulação das pessoas impulsiona todos os segmentos da cadeia produtiva", afirma Fernando Gambôa, sócio-líder de Consumo e Varejo da KPMG no Brasil e na América do Sul.
A KPMG também entende que a busca por promoções e preços baixos será um dos principais protagonistas da data comemorativa, sendo os meios digitais os melhores canais para encontrar essas oportunidades. A consultoria espera um aumento das vendas digitais em relação ao ano passado e, para isso, é importante os lojistas estarem preparados para operar neste ambiente, principalmente na logística de entrega dos produtos. Problemas na entrega são a maior fonte de quebra de expectativas e reclamações e essa deve ser a prioridade para os lojistas que usam canais digitais para potencializar vendas.
"Sobre condições de pagamento, esperamos um avanço na utilização do PIX, com vendas à vista principalmente em lojas físicas, onde os consumidores pedem um desconto em função da taxa do cartão de crédito que não será paga pelo lojista. Haverá também espaço para operações parceladas, principalmente em produtos de maior valor agregado, caso de móveis, eletrodomésticos e telefones celulares", afirma Paulo Ferezin, sócio-líder do segmento de Varejo da KPMG no Brasil.
A retomada do consumo e o aumento das vendas no varejo está alinhada com a Intenção de Consumo das Famílias no Brasil, que subiu 11% em 1 ano e chegou a 78,5 pontos em abril. Este é o maior valor desde maio de 2020. Em abril de 2021, era de 70,7 pontos, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O aumento é o 4º consecutivo, porém ainda abaixo dos 100 pontos de nível de satisfação desde abril de 2015.
Parte do saque extraordinário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), disponibilizado pelo Governo Federal, também deve impulsionar o varejo. Segundo a CNC o comércio deve receber R$ 10 bilhões do FGTS nos próximos três meses, o que representa 36% dos R$ 29 bilhões que serão liberados para os trabalhadores. De acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) o Dia das Mães deve movimentar R$ 28 bilhões este ano. O preço médio dos presentes foi estimado em R$ 221 e 79% dos brasileiros devem consumir nessa data.
Sobre a KPMG:
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