O que fazer com R$ 1milhão e uma boa ideia? O administrador Renato Grisi Kuyumjian e o agropecuarista André Assunção Pinto criaram a primeira franquia de venda direta de sapatos femininos, a Quinta Valentina. Não se trata de uma loja virtual e nem mesmo de uma loja física. Trata-se de venda em casa, mas na casa da cliente.
Com investimento de R$ 15 mil, é possível uma mulher, que busca por um novo negócio, ser franqueada com estrutura de ponta. Com R$ 3 mil ela compra a franquia, que conta com treinamento de atendimento e venda – passando por missão, visão e valores da empresa. Com R$ 2 mil o material de apoio personalizado, e, R$ 10 mil duas bags em couro com 88 pares de sapatos para iniciar o negócio. E são estes mesmos 88 pares de sapatos, que, ao serem vendidos, terão pago o investimento inicial possibilitando, assim, o capital de giro da franqueada.
“O investimento inicial total é de R$ 15 mil, mas, em até um ano, com a venda média de 4 pares por dia, uma franqueada pode gerar receita líquida de aproximadamente R$ 70 mil. E estamos falando de um negócio que não exige o custo fixo de uma loja física e que possibilita mobilidade e baixo risco”, explica André Assunção.
O modelo de administrar o negócio é home based: a nova empresária de sapatos estoca os modelos em sua casa e os vende diretamente na casa ou no local de trabalho da cliente, que tem à sua disposição os modelos favoritos, numeração correta e novidades da moda de acordo com o seu perfil, necessidade e guarda-roupa. O desafio da fraqueada é conhecer cada cliente, perceber as preferências, identificar estilos e estudar não só a marca de seu negócio, mas, também, o universo da moda.
Novo Negócio
Criada em setembro deste ano, a Quinta Valentina deu seus primeiros passos em 2009, quando Renato, junto a um antigo sócio, iniciaram o projeto em Goiânia com uma loja de seis andares, distribuídos em 1.000 m2, e sapatos divididos por numeração. “Quando entramos na região, não fomos muito felizes na escolha dos fornecedores, mas investimos pesado na divulgação da loja. As clientes que compraram no início da operação não se identificaram com a qualidade do produto e, por isso, acabamos perdendo o movimento com o passar do tempo”, conta Kuyumjian.
Nesta época, a solução dada para o início da crise com a loja física, foi a liquidação do estoque e a troca de fornecedores. Mas desta vez sem divulgação. A estratégia foi a contratação de uma gerente de alto padrão da capital goiana, que prestou atendimento exclusivo às mulheres sem tempo de ir até a loja. “Ela (gerente) ia às casas das clientes e as vendas aconteciam. Percebemos que poderíamos atender a todas as mulheres dentro deste formato, não só em Goiânia, mas em todo o Brasil, com uma franquia inovadora e sofisticada”, lembra o administrador.
Sem capital para reestruturar a loja ou iniciar o novo modelo de negócio, Renato buscou por investidores a fim de tirar o projeto do papel, que já tinha alma e formato. “Entrei em inúmeras negociações com diversos empresários do mercado de franchising e em poucas semanas estava sentado com os gigantes do setor. Mas foi durante uma conversa informal com André quando tudo começou a fluir. Nós nos conhecíamos por pertencer a alguns círculos de amigos em comum, porém ele não conhecia a história da Quinta Valentina. Quando contei e comentei o projeto, ele enxergou uma oportunidade de investimento comprando uma fatia da empresa por R$ 1 milhão”, comenta.
No início de 2014, a loja física foi encerrada para que a franquia chegasse ao mercado prometendo até o final deste ano alcançar 100 franquias, gerando um volume de negócios de aproximadamente R$ 2,5milhões.
Em menos de dois meses, a Quinta Valentina já conta com 20 franqueadas e uma fila de 700 interessadas em ter seu próprio negócio.
A Quinta Valentina
A marca, fundada em 2009, tornou-se franchising em setembro de 2014, e é uma franquia de venda direta de sapatos femininos, criada por dois jovens empreendedores, André Assunção Pinto e Renato Grisi Kuyumjian. Em uma iniciativa inédita no país, a Quinta Valentina visa revolucionar o varejo de calçados femininos no Brasil.