A Side Walk, loja tradicional de calçados e roupas, existe desde 1982. Os fundadores Tinho Azambuja, Luis Gelpi e Eduardo Rizk chegaram a administrar 25 lojas próprias ao mesmo tempo antes de abrir a primeira franquia da marca em Presidente Prudente (SP), em 2013. Se antes as franquias não estavam nos planos dos empreendedores, agora o objetivo é inaugurar 40 delas até 2016.
“Esperamos a economia do Brasil estabilizar e a nossa marca se fortalecer. Hoje vemos vantagem no regime tributário das franquias e na facilidade que elas têm em negociações com shoppings”, diz Azambuja.
Em menos de dois anos, 14 unidades foram abertas e outras 12 estão confirmadas para o começo de 2015. Segundo o fundador, a Side Walk procura cidades com mais de 700 mil habitantes, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, onde a marca ainda não tem uma forte presença. É preciso desembolsar R$ 50 mil para a taxa de franquia, R$ 180 mil para estoque inicial, e o custo do ponto, que pode variar dependendo do local da loja.
A marca trabalhou durante um ano para estruturar as novas franquias. Foram criados o departamento financeiro, de TI e suporte de vendas para viabilizar a rede. “Criamos um novo negócio dentro da Side Walk, e nossa maior preocupação foi garantir a lucratividade para o franqueado”, afirma. De acordo com Azambuja, o preço dos produtos das lojas próprias e das franquias são os mesmos.
Com mais de 30 anos de empresa, a marca de roupas e calçados tem 300 funcionários e conta com a participação ativa dos três fundadores nas 22 atuais lojas próprias. Gelpi, formado em economia, coordena o departamento de criação e desenvolve coleções. Rizk, administrador, faz visitas frequentes às lojas da Side Walk, enquanto Azambuja entra em contato com shoppings e fornecedores e realiza tarefas comerciais.
O trio se conheceu por meio do hipismo, esporte que eles praticam em comum. Os amigos paulistanos sentiam falta de lojas que vendessem sapatos exclusivos e customizados. Em 1982 eles investiram US$ 120 mil para abrir a primeira Side Walk em São Paulo. Na época, a prioridade era para os sapatos masculinos e camisetas polo.
O sucesso foi tanto que pouco tempo depois a segunda loja própria foi aberta em uma das ruas mais luxuosas da capital paulista: a Oscar Freire. “As pessoas pediam de joelhos para abrirem uma franquia nossa, mas o Brasil ainda estava muito instável”, afirma Azambuja. Os sócios partiram rumo aos shoppings e perceberam a forte presença do mercado feminino. Em 1987, a Side Walk passou a oferecer roupas e calçados para mulheres.
Para o empreendedor, o diferencial do negócio é a qualidade e o conforto de seus produtos. Além disso, é difícil esquecer do mascote marcante da Side Walk. “Escolhemos o canguru por seus pés grandes, para destacar os calçados, e porque todos têm simpatia por ele.”
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios.