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Mercado de franquias adere a permuta como alternativa para driblar crise

Setor de franchising enfrentou dificuldades com encolhimento de 10,5% ao longo de 2020. Para superar momento de adversidades, redes buscam apoio de permutas

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Assim como aconteceu com grande parte dos setores que compõem a economia, o franchising também enfrentou grandes problemas durante o período de pandemia da Covid-19. De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor encolheu em cerca de 10,5% em 2020, voltando ao mesmo patamar de receita de 2017. A queda acompanhou o recuo de 4,1% do PIB registrado no ano passado.

Os primeiros meses de 2021 também provocaram apreensão no setor com o aumento do número de casos e mortes provocadas pela pandemia. Para o presidente-fundador do Instituto Brasileiro de Franchising (IBF), Augusto Goulart, o período exigiu grande adaptação das redes de franquias de maneira abrupta, o que provocou dificuldades para algumas empresas.

“Muitas dessas empresas atuam em shoppings centers e, principalmente no ano passado, houve um grande impacto com o fechamento do comércio como medida para conter a disseminação do vírus. Com isso, algumas empresas não aguentaram e fecharam as portas. Outras tentaram e conseguiram se adaptar, principalmente com a atuação no delivery”, destaca Goulart.

Outro processo de adaptação do setor tem sido a busca por parcerias para proporcionar novas formas de negociações entre as franquias. O IBF, por exemplo, tem desenvolvido uma parceria com a plataforma de permutas XporY.com para diminuir a ociosidade de serviços e a baixa rotatividade de produtos por parte de empresas durante esse período de pandemia.

De acordo com Goulart, a ideia da parceria é fomentar a economia local e auxiliar os pequenos e médios empresários a se desenvolverem e diversificarem sua atuação por meio das permutas multilaterais. “De um lado, podemos ter uma empresas com baixa rotatividade de produtos e serviços e, de outro, podemos ter potenciais compradores, mas que não têm condições de pagar diante do atual cenário. Com a permuta, temos condições de atender ambas as partes”, destaca o presidente do IBF.

O proprietário de uma das franquias da Fast Açaí, Emiliano Amaral, foi um dos empresários que sentiu os efeitos da pandemia em seu negócio. Ele afirma que houve uma queda de 30% a 40% durante os períodos de maior restrição ao comércio em Goiânia. “Só não tivemos uma queda maior porque continuamos atendendo via delivery”, destaca o empresário, que também aposta nas permutas como investimento estratégico. “A plataforma contribui para atrair novos clientes que dificilmente teríamos acesso e uma nova forma de monetização que não depende do dinheiro”, completa.

Há um ano e meio participando da XporY.com, Emiliano destaca que movimenta até 3% de seus produtos por meio de permutas, o suficiente para fazer aquisições para consumo pessoal e atender algumas demandas da loja. “Eu acumulo os créditos em moeda virtual X$ resultante das trocas até conseguir um montante para fazer uma boa aquisição. Então, ela me serve como uma poupança, em que vou juntando para comprar algo para casa, como uma cortina, ou para a empresa. Há alguns meses, por exemplo, eu contratei uma empresa de marketing por meio de permutas”, destaca o empresário.

 

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Funcionamento

As permutas multilaterais funcionam por meio de uma plataforma digital que permite a inclusão de ofertas no sistema. Após a venda do produto ou serviço, o permutante recebe créditos em forma de moeda digital, chamada X$, que será usada para adquirir qualquer outra oferta disponível na plataforma. De acordo com o sócio-fundador da XporY.com, Rafael Barbosa, esse sistema pode ser uma alternativa viável para empresas que necessitam movimentar seus negócios.

 

“Em momentos de crise, as empresas e pessoas passam a ter menos dinheiro e, com isso, os negócios ficam parados. A permuta é um caminho de reativação, já que não exige o uso de dinheiro para cadastrar uma oferta na plataforma, nem é cobrado anuidades ou taxas de administração. A única cobrança é uma pequena taxa de 10% sobre o valor da compra, o que deixa o negócio ainda mais atraente”, destaca Barbosa.

A parceria entre a XporY.com e o IBF ainda proporciona ao profissional que pretende abrir um novo negócio a possibilidade de efetuar o pagamento da taxa de franquia de sua marca por meio das permutas. De acordo com Barbosa, muitos franqueadores associados do IBF estão oferecendo essa alternativa para os futuros empreendedores, o que proporciona economia de dinheiro para quem está querendo investir num negócio próprio e está sem o montante total do valor da franquia em dinheiro.

“Por outro lado, o franqueador encontra na XporY.com uma grande oportunidade de divulgar e expandir sua marca nacionalmente, já que pode anunciar gratuitamente na plataforma oferecendo taxas de franquia em X$  (moeda virtual de uso exclusivo da  plataforma) para mais de 12 mil cadastrados ativos que podem se interessar em abrir uma franquia do seu negócio na sua região”, destaca o sócio-fundador da XporY.com.

Barbosa ainda destaca que os benefícios alcançam os fornecedores, que monetizam a ociosidade e giram o estoque parado. “Esse grupo acaba encontrando uma rede de franqueados e franqueadores que precisam de serviços, mas que, em muitos casos, não têm condições de pagar por eles em reais. Dessa forma, o sistema de permutas acaba alcançando e beneficiando toda a cadeia”, destaca o sócio-fundador da XporY.com ao destacar os benefícios para franqueadores, franqueados, fornecedores e futuros empreendedores.

 

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