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Estudo da Galunion evidencia cinco tendências para modelos de negócios no food service

Mandala Galunion de Food&Tech Trends 2022 traz novidades que tem aplicação imediata e potencial nos mais variados tipos de negócios no mercado em questão.

Estudo da Galunion evidencia cinco tendências para modelos de negócios no food service
Sua Franquia Publicado em 24 de Julho de 2022 às, 06h00. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 12h56.

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Com base em fontes variadas que englobam relatórios de tendência, webinars e eventos presenciais ou virtuais, a Galunion, consultoria especializada no setor de food service, elaborou a Mandala Galunion de Food&Tech Trends 2022. O estudo mapeia os principais temas do segmento alimentício fora do lar com base em quatro áreas principais, sendo elas: modelo de negócios, oferta culinária, experiência e hospitalidade, além de um direcionamento para o que se espera no futuro. Mensalmente, a empresa irá divulgar uma análise de cada tema, sendo que em julho o foco será voltado para os modelos de negócios.

 

Neste quesito, a Galunion incluiu tendências relacionadas à transformação em diferentes frentes, como nas formas de vender, de comprar e de operar o negócio, desde novos canais de vendas, formatos de operação, gestão e colaboração, até novos negócios destinados a resolver as necessidades e desejos da comunidade e dos clientes em geral. Dessa forma, serão analisadas cinco tendências: Q-Commerce, Menus Reduzidos, Coopetição e Parcerias, Espaços Flexíveis e Negócios com foco em ESG (do inglês Environmental, social, and corporate governance para o português governança ambiental, social e corporativa) para o food service.

 

O modelo de negócios é a forma como uma organização cria e entrega valor aos clientes. Para a Galunion, o valor é medido por meio da equação: o que você recebe (qualidade, serviço e marca) dividido pelo que você dá (custo e tempo). “Com base nisso, cada negócio tem sua equação de valor, e seus clientes escolhem a melhor a partir da comparação entre as alternativas disponíveis e viáveis que possuem. Sendo assim, incluímos na área de modelos de negócios as tendências relacionadas à maneira de gerenciar e estruturar o negócio, englobando gestão de custos, desenvolvimento de parcerias, construção de cadeia de suprimentos, relacionamento com a comunidade, canais de venda, a forma da entrega de produtos e serviços centrais do negócio, e as diferentes formas de vender e comunicar sua oferta ao cliente. Lembrando que tais tendências possuem tanto aplicação imediata quanto potencial para aplicação nos mais variados tipos de negócios no food service”, explica Nathália Royo, especialista em inteligência de mercado na Galunion.

 

Q-Commerce

Aos que ainda não conhecem, o Q-Commerce é uma tendência que vem para atender essencialmente à demanda de rapidez e conveniência. O novo estilo de vida dos consumidores, em que o tempo é um de seus bens mais valiosos, faz com que as empresas que ofereçam soluções de compra e venda com agilidade tornem-se mais relevantes no ambiente competitivo.

 

“Observamos a tecnologia mudou a lógica do varejo, onde o ponto de venda, a loja física, era sempre o elemento fundamental. Agora, para manter e ampliar a relevância, estar presente digitalmente tornou-se essencial para muitas marcas, pois é assim que o consumidor encontra mais rapidamente opções para se alimentar. Inclusive o mercado encontra-se irrigado hoje por opções de marcas 100% virtuais”, comenta Simone Galante, CEO da Galunion. Os marketplaces e as buscas na internet, por exemplo, oferecem variedade culinária, dão acesso logístico a cada vez mais opções e influenciam novos hábitos e desejos. Aliás, o desejo também foi acelerado pela digitalização e uso de mídias sociais, que colocaram ao nosso alcance fotos lindas de comida e aquela “pressa” de não perder uma novidade ou promoção. Dessa forma, nota-se que a pandemia acelerou a familiaridade e o uso do delivery nas necessidades de alimentação do dia a dia e, por isso, a barra crítica dos consumidores em relação a esse serviço aumentou rapidamente.

 

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Assim, é preciso enfatizar que, com a aceleração da digitalização, além da rapidez na entrega, é importante ter um processo de compra eficiente, prático e de fácil entendimento; não abrir mão da qualidade do produto e de uma embalagem segura; passar clareza sobre o tempo de entrega e rastreamento durante todo o processo; focar em frescor, pedido correto e completo; e por fim, que seja rápido e acessível. Além da oportunidade de fidelização, a rapidez pode gerar um impacto e aumento de vendas significativo para os negócios. Segundo a pesquisa de consumidores da Galunion, realizada em fevereiro de 2022, 80% indicam que uma entrega abaixo de 25 minutos aumentaria a frequência dos pedidos por delivery. Dentro da tendência de Q-Commerce, a Galunion identificou quatro modalidades: Canais Diretos fortalecidos e integrados, Fornecimento Hiperlocal, Dark kitchens & Hubs de Proximidade, e Social Commerce.

 

Menu Reduzido

Uma tendência que já vinha se consolidando e teve um novo foco devido à pandemia foram os menus reduzidos, que revelam diversos pontos positivos. Dessa forma, focar em alguns itens pode trazer uma melhora na qualidade do produto, ou seja, as marcas terão um menu que foi desenvolvido para que possam utilizar os mesmos ingredientes ou partes deles em diversas receitas.

 

Isso traz um poder de negociação maior com os fornecedores, além de reduzir o desperdício, tornando-se mais sustentável. Esse atrativo também ajuda no processo de decisão do consumidor e, em um atendimento presencial, permite que o time conheça mais a fundo cada prato para auxiliar o cliente no processo de escolha. Durante a pandemia, essa foi uma forma que os negócios encontraram para repensar o cardápio visando combater a inflação, operar de maneira mais eficiente e garantir boa performance tanto presencialmente quanto no delivery.

 

“Coopetição” e parcerias

Sabendo que o consumidor preza cada vez mais pela qualidade do produto, por uma experiência única, conveniente e que, somado a tudo isso, tenha a preocupação com o cuidado com o mundo, as pessoas e o meio ambiente, fica claro que uma marca sozinha não consegue suprir tantas necessidades ao mesmo tempo e com excelência. Sendo assim, as parcerias e “coopetições” têm crescido bastante no mercado de food service. Tais ações são criadas primando pela qualidade, trazendo expertises de diferentes lados para um mesmo propósito, estando alinhadas com as necessidades e expectativas do consumidor. Ou seja, nessas parcerias é importante que os valores das diferentes marcas estejam alinhados, pois além da novidade em produto ou serviço ser entregue, o impacto e reputação de uma impacta na outra. Dessa forma, as “coopetições” podem ter como fruto a entrega de um produto ou serviço, ou mesmo uma pesquisa ou ação relacionada ao propósito das empresas que atuam em conjunto.

 

Franquias do segmento de alimentação e food service 

Espaços Flexíveis

A pandemia fez com que as pessoas repensassem e reorganizassem suas rotinas. Um dos adventos para este cenário foi atuar em home office, além de jornadas mais flexíveis. Para os negócios, a digitalização e maior uso do e-commerce, marketplaces e delivery acabou ganhando destaque. Essa soma de home office + jornadas flexíveis + maior conveniência trouxe uma nova necessidade que chamamos de “Tudo, o dia todo, em um lugar”. Isso significa que os espaços, sejam eles físicos ou digitais, precisam ser flexíveis para atender as diferentes necessidades do consumidor a qualquer hora do dia, não se limitando mais aos conhecidos day parts (ou partes do dia, associadas à rotina de trabalho tradicional).

 

Negócios com foco em ESG para food service

Bem difundido atualmente, o ESG, sigla utilizada para falar de responsabilidade ambiental, social e de governança corporativa transparente é um tema relevante e que vem ganhando bastante destaque, sendo derivado da macrotendência de sustentabilidade que se desenvolve e se atualiza há décadas. Tanto no WebSummit 2021 como na NRA Show 2022, a Galunion notou a importância crescente dessa tendência, que tem ramificações importantes, como as conversas sobre diversidade, inclusão e equidade (DEI), e que está sendo tratada como parte da estratégia de diversas empresas globais. Devido a sua importância, diversos negócios vêm surgindo com foco em ESG para o food service, visando ajudar as marcas e estabelecimentos a incluir este conceito nas estratégias e ações.

 

Sobre a Galunion

Especializada no setor de alimentação, a empresa atua como uma catalisadora de conhecimento, networking e inovação. Os serviços são voltados para negócios e profissionais que atuam no mercado de food service. Fundada e comandada pela CEO, Simone Galante, a Galunion atua em projetos de consultoria estratégica e de inovação, monitoramento de tendências, pesquisas, educação, roadshows, laboratório culinário e outros eventos para o mercado de alimentação preparada fora do lar. Realiza também estudos quantitativos e qualitativos em parcerias com renomadas entidades como a Associação Brasileira de Franchising (ABF) e a Associação Nacional de Restaurantes (ANR). 

 

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