A alta da cerveja no segundo semestre de 2021 foi influenciada, principalmente, por conta da inflação mais elevada, que, acumulada nos 12 meses, ultrapassou os 10%. Os preços estão subindo e reajustes serão comuns daqui para frente. Já o aumento no custo dessas bebidas influencia, de maneira geral, no cotidiano e rotina do brasileiro, conhecido mundo à fora por ter um forte hábito de consumir bebidas alcoólicas. Mas não será apenas o consumidor a ser afetado — bares, restaurantes e botecos também sentirão o impacto dessas elevações de preço, já que muita gente deve começar a consumir as bebidas dentro de suas casas por uma questão de economia e distanciamento pandêmico.
Segundo dados da Abrasel, 37% dos bares e restaurantes do Brasil ainda operam no prejuízo, o que limita, de uma certa maneira, esses estabelecimentos a amortecerem um aumento no preço para o consumidor, fazendo com que a alta chegue mais rapidamente nos bolsos de todos os brasileiros. Isso evidencia ao empreendedor que pretende investir, a necessidade de ser assertivo e objetivo na hora de abrir o seu novo negócio, conhecendo melhor o local para diminuir o risco de quebrar e perder todo o investimento que fora feito.
A região Sudeste abriga a maior parte da população brasileira e é nesse recorte geográfico que se concentra a maior renda média do Brasil, com estados que mais fazem girar a economia e apresentam maior desempenho no PIB do país. Com base nesses dados, a ferramenta de inteligência de mercado Economapas realizou um estudo para saber quais capitais desta região brasileira consomem mais com bebidas alcoólicas, de maneira geral. Com embasamento na população maior de 18 anos e no consumo de cerveja dentro do domicílio, Vitória, a capital do Espírito Santo, surpreendentemente, tem a média mensal de R$ 8,57 por adulto, seguido do Rio de Janeiro com R$ 7,90, Belo Horizonte com R$ 7,58 e São Paulo com apenas R$ 6,87 gastos em um mês por pessoas maiores de idade.
A cerveja é uma bebida popular e que é preferível por boa parte dos brasileiros, mas há também as outras bebidas, as chamadas bebidas quentes, que também fazem parte do cotidiano de quem consome álcool. No Rio de Janeiro, cada habitante maior de 18 anos gasta R$ 5,14 com outras bebidas alcoólicas, sendo a capital líder nesse quesito. São Paulo vem atrás dos cariocas com um gasto de R$ 3,25, seguido de Vitória (ES) com R$ 3,09 e Belo Horizonte, com um gasto muito menor com relação às outras capitais, apenas R$ 1,94 por mês gasto por cada adulto na principal cidade de Minas Gerais.
Esses e outros dados que se utilizam de inteligência de mercado são fundamentais para o entendimento do consumo, a estimativa do público-alvo, a análise do mercado de modo geral e a tomada de decisão correta ou a redução do risco em abrir um novo negócio. Com o avanço da vacinação e a flexibilização das medidas restritivas em diversas cidades, o comércio vai voltando ao normal com maior circulação das pessoas, intensificando o fluxo de passantes e, tendo como consequência, o aumento da visibilidade de bares e restaurantes que necessitam da clientela.
As bebidas alcoólicas têm grande influência nos estabelecimentos sendo, muitas vezes, um fator decisivo para a escolha do consumidor em utilizar dos serviços ou não. Para saber o consumo, dados socioeconômicos e outras formas de mapear o mercado, é necessário mirar na inteligência de dados por trás disso tudo. Há de ser assertivo para entregar valor ao público que fora mapeado anteriormente com um estudo de mercado confiável.
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