Detalhista e sonhador: o que podemos aprender com o fundador da Água Doce Cachaçaria, rede que fatura mais de R$ 140 milhões ao ano. História empreendedora de Delfino Golfeto foi apresentada pela escola de insights meuSucesso.com e será aprofundada ao longo das próximas semanas
“Um cara comum”. Esse é o nome do documentário que conta a história de Delfino Golfeto, fundador da rede Água Doce Cachaçaria. Pode parecer reducionismo, especialmente quando se considera os mais de 90 restaurantes de sua rede, mas a trajetória deste empreendedor é muito parecida com a de tantos outros que desejam ter seu próprio negócio – e trabalham com afinco por isso. E, no entanto, Delfino pode até ser um cara comum, mas tem habilidades extraordinárias: um cuidado minucioso com padronização e uma fome de sonhos insaciável, entre tantas outras.
Essa história foi contada, com a presença do próprio Delfino, em um evento promovido pela escola digital de empreendedorismo meuSucesso.com, no último dia 07, em São Paulo (SP). Para tratar do assunto em profundidade e explorar como a vivência de Delfino pode ajudar outros empreendedores, um estudo de caso detalhado, com foco em diferentes aspectos de sua vida e carreira, será lançado na plataforma, em seis episódios, um a cada segunda-feira, a contar da última.
Após a exibição do documentário, foram realizadas rodadas de conversa com a presença de Delfino, Adir Ribeiro, fundador da Praxis Business, Altino Cristofoletti Jr., presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF), e Sandro Magaldi, CEO do meuSucesso.com.
O cuidado minucioso com detalhes foi um dos temas da noite. Um hábito que começou com os cadernos de receita da esposa de Delfino, que se tornaram fichas, que evoluíram para a padronização de todos os processos do restaurante. “Foram mais de dois anos de estudos para ter certeza de que não perderíamos a qualidade ao franquear”, conta Delfino, que nesta segunda-feira comemorava os 24 anos de abertura da primeira unidade franqueada.
Com uma carreira sólida em açúcar e álcool antes de empreender, Delfino tinha as usinas como parâmetro. “Eu voltava nos mesmos restaurantes ao longo dos anos e percebia que a comida era outra, que a qualidade tinha caído. Eu me perguntava ‘uma usina não pode perder qualidade do produto, por que os restaurantes perdem? ’. Decidi que, quando tivesse o meu, isso não ia acontecer”, conta.
Tanto cuidado levou a uma proximidade muito grande com cada novo franqueado. Apesar de muito positiva, essa característica precisou ser administrada para evitar danos à rede. “Balancear a paixão, a emoção, com um pouco de razão foi fundamental para Delfino chegar onde está hoje”, afirma Adir Ribeiro, que auxiliou Delfino nesse processo.
“O mais importante é manter os sonhos vivos dentro da gente. A sorte só se aproxima de quem trabalha duro”, conclui Delfino.