Franquias de alimentação em prol da sustentabilidade: Redes percebem o valor agregado a uma operação sustentável e ecologicamente responsável
Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) no segundo semestre de 2016 apontou que 76,2% das redes de franquias do segmento de alimentação tomam medidas para diminuir os impactos ambientais de suas companhias.
Pensando nisso, a rede de pizzas Patroni criou o projeto 'Eco Pizza', que substitui a lenha convencional por briquetes e, com isso, deixa de desmatar por ano uma área equivalente a 92 Estádios do Maracanãs. A lenha ecológica é produzida com material 100% reciclado e classificada como ecologicamente correta pelo Ibama.
Até mesmo o polêmico Mc Donald’s adotou ações sustentáveis para alinhar-se às necessidades de um consumidor brasileiro muito mais criterioso e preocupado com o futuro e suas escolhas. A rede não comprava carne proveniente da Amazônia para não correr o risco de apoiar produtos que pudessem ter sido obtidos a partir do desmatamento da floresta e assinou um acordo de compra apenas de carne com proveniência sustentável.
Já seu arqui-inimigo, a rede Burger King, teve algo muito pouco sustentável descoberto pela ONG Mighty Earth. Eles apontaram que entre 2011 e 2015, mais de 1 milhão de hectares de floresta desapareceram a cada ano, em média, para dar lugar a plantações de soja, no cerrado e na Amazônia, no Brasil e na Bolívia. A soja é o combustível básico da produção de carne.
O Burger King não dá muitas informações sobre sua cadeia produtiva e se os insumos usados em suas refeições são produzidos de forma ambiental e socialmente correta. Mas a ONG descobriu sua ligação a esses desmatamentos.
Vale lembrar que não só no Brasil, cresce o apoio a redes que realizam práticas sustentáveis, mas também aumentam os casos de boicote a empresas que poluem, fazem mau uso dos recursos naturais e exploram os trabalhadores. E hoje esse consumidor aceita pagar mais por algo que esteja alinhado aos seus valores.