A moda do food truck veio para ficar. Pelo menos essa é a opinião do presidente do grupo Espetinhos Mimi, Fausto Borba. A franqueadora, especializada em espetinhos e organizações de festas, planeja lançar os furgões móveis da marca ainda no primeiro semestre de 2015.
A ideia, segundo Fausto, já fazia parte dos planos da Mimi há um bom tempo, mas só se tornou viável após algumas prefeituras regulamentarem a comida de rua em carrinhos e food trucks. Em São Paulo, a lei foi sancionada pelo prefeito Fernando Haddad (PT) no final do ano passado.
“A Mimi já está no mercado há 47 anos, então nós temos uma experiência muito boa em várias modalidades de vendas. Como nosso produto oferece muita facilidade de manipulação, facilita fazer operações em food truck. Só não tínhamos a disponibilidade do mercado”, conta o empresário ao iG. Para colocar o plano em prática, uma equipe do grupo fará uma avaliação minuciosa da legislação da cidade e do Estado de São Paulo e de outros Estados onde possuem franqueados.
No entanto, o novo modelo de franquia ainda não tem preço. Segundo Fausto, o investimento vai variar de acordo com os diversos tipos de food truck para diferentes perfis de franqueados. Serão oferecidos desde os veículos mais simples, para atender uma demanda menor de consumidores, até os veículos maiores e mais incrementados. “Estamos desenvolvendo também um food truck em parceria com uma empresa de bebidas que vai trabalhar com chope e vai ter uma aplicação mais completa, voltado para festas e eventos”, diz Fausto.
A princípio, com o intuito de tornar o investimento mais acessível, o franqueado deverá adquirir o veículo e os equipamentos diretamente dos fornecedores que fazem esse tipo de adaptação em veículos, indicados pela Mimi. Este modelo de franquia, porém, só será oferecido para regiões onde existe a licença para operação de food trucks.
Food truck não vai ser febre momentânea
Ao contrário de diversas modas passageiras do setor alimentício, como as temakerias, sorveterias por quilo ou iogurterias, a expectativa de Fausto é que a comida de rua se firme como mercado no Brasil. Para o empresário, a tendência na verdade já está chegando atrasada por aqui. “Em Nova York (EUA), por exemplo, aquelas carrocinhas em que o pessoal comercializa vários produtos, inclusive espetinhos, virou febre. As pessoas param, consomem e prestigiam muito essa modalidade de venda”, observa.
O empresário frisa, porém, a preocupação em relação à rigorosidade da fiscalização da Vigilância Sanitária, para que as empresas realmente cumpram as normas de boas práticas de manipulação de produtos alimentícios. “Quando acontecem casos de intoxicação alimentar, por exemplo, mancha a imagem de todas as empresas que trabalham nesse segmento. É preciso que façam a liberação do food truck, mas que fiscalizem também, para poder ter o sucesso que merece, já que é uma opção muito interessante para o mercado”, avalia.