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Franquia lança drive-thru de pãozinho no interior de SP

Franquia lança drive-thru de pãozinho no interior de SP
Sua Franquia Publicado em 07 de Agosto de 2013 às, 14h22. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 02h59.

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Comprar pãozinho, mortadela, queijo e presunto sem sair do carro é a aposta da franquia de padaria Pão To Go, que inaugurou a sua primeira loja no fim de julho. A unidade funciona no sistema drive-thru e oferece um cardápio com cerca de 30 produtos.

Entre eles, pão francês (tradicional e integral), suco e leite em caixinhas, pó de café, manteiga e cigarro. As porções também são predefinidas: os pães são vendidos em sacos de cinco, 10 ou 15 unidades e, no caso dos frios, somente há a opção de comprar bandejas com 100g.

A primeira loja da rede foi aberta em São Carlos (232 km a noroeste de São Paulo). Outras unidades devem ser inauguradas, ainda no mês de agosto, em Uberlândia (MG) e em mais cinco cidades do interior de São Paulo: Ribeirão Preto, Catanduva, Piracicaba, Jundiaí e Bauru.
 
Ao todo, o dono da franquia, Tom Ricetti, 37, afirma que já vendeu 51 lojas. Duas delas para os Estados Unidos: uma em Miami e outra em Los Angeles.
 
Ricetti, que é formado em marketing e sócio de oito restaurantes, diz que o objetivo é oferecer rapidez e comodidade para os clientes que querem levar os produtos para casa, com uma operação reduzida e de menor custo para o dono da padaria.
 
"São necessários, no máximo, três funcionários na operação e uma área de 40 metros quadrados. A mão de obra não precisa ser especializada porque os pães vêm congelados de fornecedores terceirizados, basta apertar um botão para ligar o forno."
 
Ricetti promete pão quentinho a cada sete minutos e meio, para aproximar o cliente da experiência de comprar em uma padaria tradicional.
 
O investimento inicial para o negócio é de R$ 150 mil, referentes aos custos de instalação, taxa de franquia e capital de giro. O faturamento médio mensal é de R$ 50 mil, com lucro médio de 20% (R$ 10 mil).
 
Ricetti diz que os franqueados podem vender anúncios nos sacos de pão para elevar o faturamento e que eles também podem determinar seu horário de funcionamento e preços. Além disso, o idealizador do negócio também atende a pedidos de franqueados para diversificar os produtos oferecidos.
 
"Como estamos no início da operação, estamos muito abertos a sugestões dos franqueados. Em Minas Gerais, por exemplo, vamos vender também queijo fresco, no Rio de Janeiro, haverá mate como opção", declara.
 
A ideia surgiu em dezembro de 2012, quando ele levou uma hora para comprar pão. "As padarias estavam lotadas, então, fui ao supermercado e meu filho, que estava junto, me fez gastar muito mais do que eu deveria. O cachorro, que estava no carro, fez xixi. Naquele momento, resolvi criar a padaria drive-thru."
 
Negócio é arriscado, segundo especialistas
 
O modelo da padaria drive-thru vai na contramão das padarias tradicionais, que oferecem cada vez mais produtos e serviços para os clientes, segundo Antero José Pereira, presidente do Sampapão (Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de São Paulo).
 
Uma padaria tradicional, por exemplo, possui de 500 a 600 itens no portfólio, enquanto a Pão to Go oferece 30.
 
Ele diz que não conhece modelo similar no mundo e aponta os riscos do negócio.
"O cliente gosta de ver os produtos antes de comprar e de ir ao balcão e ver uma bela vitrine de doces para escolher o que vai levar. Isso se perde neste modelo. O número reduzido de produtos também diminui o faturamento do negócio", afirma.
 
Para ele, a nova padaria pode até despertar curiosidade no início e atrair clientes, mas diz duvidar que o negócio se sustente por muito tempo.
 
"É uma padaria para quem quer um pãozinho e está com pressa. Não é para os clientes de padarias tradicionais. Eu não investiria."
 
Além disso, ele afirma que pães congelados –caso da Pão to Go– são de menor qualidade do que os pães frescos.
 
"A tecnologia de congelamento está evoluindo, mas ainda se perde qualidade no processo de descongelamento", declara.
 
O especialista em franquias José Carlos Fugice, da consultoria GoAkira, diz que, para virar franquia, o modelo de negócio deve ter sido testado e validado anteriormente.
Só assim o franqueador pode transmitir conhecimentos sobre a operação aos franqueados.
 
"O franqueador tem de saber qual é o mix ideal de produtos, a estratégia de preços, logística de abastecimento, quais são as melhores ações de marketing e qual o perfil ideal de operador para a franquia. Como ele vai dar o suporte necessário para o franqueado se nem ele sabe como funciona a operação?"
 
Para quem não gosta de acordar cedo, as padarias também podem não ser uma boa opção de negócio já que começam a funcionar, normalmente, às 5 horas.
 

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