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Caracol Chocolates, de Gramado, vira franquia para morder novo mercado

Caracol Chocolates, de Gramado, vira franquia para morder novo mercado
Sua Franquia Publicado em 23 de Agosto de 2013 às, 16h27. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 02h59.

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Fabricante tradicional gaúcha pretende abrir 150 lojas nos próximos anos – novas unidades custarão de R$ 75 mil a R$ 180 mil

De Gramado para todo o Brasil. Com a abertura da rede para franquias, a expansão em nível nacional se torna o maior dos projetos da Caracol, principal fabricante dos tradicionais chocolates da Serra Gaúcha.
 
À frente da empresa desde 2001, o empresário Julinho Cavichioni procura atender a um público cada vez mais exigente quanto à qualidade e a procedência dos produtos que consome. Trata-se de uma parcela intermediária do mercado ainda pouco explorada, entre as marcas verdadeiramente populares e os chocolates mais luxuosos – de alta qualidade e altos preços, naturalmente. A Caracol Chocolates tem a meta de rechear esse abismo, atendendo às classes B e C em plena mudança de hábitos de consumo.
 
Assim como a degustação de cervejas e vinhos entraram para o cotidiano do brasileiro, Julinho – como é conhecido no mercado – aposta que os chocolates de nível de qualidade superior podem sair da categoria de presentes, entrando para o consumo diário. Por superior, ele entende os doces com maior porcentagem de cacau, isenção de gordura hidrogenada e baixos níveis de açúcar.
 
Legalmente, só é chocolate o doce com mais de 25% de massa de cacau na sua composição. “Eu não vendo chocolate com menos de 36% – temos produtos de até 85% de teor de cacau e só usamos manteiga de cacau como gordura. Esse é um diferencial relevante”, afirma.
 
“O consumidor da grande indústria ainda não é tão exigente, mas a preocupação com a quantidade de açúcar e a qualidade do produto começa a crescer”, observa o executivo.
 
A partir de outubro, a marca promete revolucionar o mercado de chocolates com uma nova linha de produtos que deve não só moderar a quantidade de açúcar, como trazer sementes, frutas e castanhas na formulação básica. Essa linha, especialmente, terá como principal alvo as classes A e B. “A preocupação com a saúde já está incorporada ao consumo diário desse público. Vamos incorporar o chocolate saudável a esse contexto”, conta Julinho.
 
Todos querem chocolate
 
Em sua primeira aparição como uma possível franquia, a Caracol superou as expectativas do executivo. Enquanto esperavam receber cerca de 200 pessoas para conversas iniciais, surgiram 298 candidatos reais para implantação de lojas – 35% destes da região Nordeste.
 
O custo da franquia varia de R$ 75 mil a R$ 180 mil, com retorno previsto para 24 meses. Julinho, no entanto, espera trabalhar as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, nesta ordem.
 
Apesar de cautelosa, a expansão exigiu uma mudança de postura da empresa, que trabalha em ritmo artesanal. Além do investimento em um centro de distribuição alugado – o que custou cerca de R$ 400 mil para a empresa – Julinho teve de adaptar sua linha de produção, majoritariamente com novas contratações.
 
Hoje com 45 funcionários, a empresa deverá chegar a 180 empregados na fabricação nos próximos anos. A margem é grande: atualmente a Caracol produz 300 toneladas de chocolate por ano, mas já tem capacidade instalada para quadruplicar esse montante.

 

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