O aumento da renda da população tem estimulado o hábito de comer fora de casa. De olho nas oportunidades desse mercado, franquias voltadas para o segmento de alimentação têm crescido significativamente no País. De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Franchising (ABF), os negócios deste segmento faturaram mais de R$ 20 bilhões em 2012, o que representa um crescimento de 17,6% em relação ao ano anterior. A categoria tem o maior número de redes do setor de franquias, alcançando 481 no total. O aumento dessa demanda traz uma mudança de comportamento no segmento de shopping centers, que passam a oferecer entradas independentes e horários de funcionamento alternativos.
Para atender consumidores cada vez mais exigentes e proporcionar a mesma experiência vivenciada fora dos shoppings, esses empreendimentos disponibilizam espaços que operam como estruturas independentes. “O horário de funcionamento desses estabelecimentos não está mais atrelado às horas em que o complexo fica aberto, para que o cliente tenha uma flexibilidade maior”, explica Cesar Garbin, diretor e sócio da 5R Shopping Centers. Além de horários diferenciados, muitos desses restaurantes apresentam entradas independentes, além de maior comodidade para o cliente, disponibilizando até manobristas.
Ainda de acordo com os dados da ABF, o número de unidades de franquias, voltadas para alimentação, teve alta de 16%, passando de 13.866 em 2011, para 16.029 em 2012. “A maior parte dos estabelecimentos voltados para alimentação em shoppings corresponde à franquias, e são cada vez mais diversificados os perfis dos negócios, com redes especializadas em desde alimentos naturais até fast food ”, explica Garbin.
O setor também influencia diretamente na locação de espaços nos empreendimentos. As praças de alimentação não movimentam apenas a instalação de empresas voltadas para essa área, mas interferem também na comercialização de lojas nas proximidades delas. “Dependendo do perfil do público que frequenta o shopping, o aluguel de um espaço próximo à praça de alimentação chega a ser até 30% mais alto”, explica Garbin. Embora os preços sejam maiores, o lojista tende a ser recompensado pelo grande fluxo de pessoas e, consequentemente, lucra com mais vendas.
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