O setor de alimentação, além de ser o responsável pela maior parte do faturamento do franchising nacional, também é o que detém o maior número de marcas. Segundo a Associação Brasileira de Franquias (ABF), do total de 2031 redes, 481 são desse ramo. Por isso, na hora de escolher uma franquia de alimentação, não é raro o franqueado ter dúvidas. Para atrair os interessados, a Rei do Mate aposta na dupla formada por variedade de produtos e três opções de modelo de loja.
Nas unidades, é possível encontrar, além do mate quente e gelado, carro-chefe da marca, uma linha de cafés - incluindo versões especiais -, sucos, sanduíches, salgados e doces. "Eu queria uma franquia de alimentação e me interessei pela do Rei do Mate porque não fico preso a uma refeição. Tenho cardápio para todos os momentos do dia", conta Hélio Garcia, franqueado da rede.
Os produtos chegam congelados nas unidades e é preciso apenas montá-los e, em alguns casos, levar ao forno. A medida, além de facilitar a operação da loja, garante a padronização de todos os itens. Segundo Adriana Lima, diretora de expansão da marca, o mix de produtos variados também garante um público-alvo diverso. "Atendemos as classes A, B e C. A faixa etária que mais consome é aquela que vai dos 18 aos 45 anos", diz ela.
Em 2011 a rede faturou R$ 150 milhões e abriu 30 unidades novas. Para este ano, a meta é chegar aos R$ 170 milhões e manter o ritmo de crescimento de lojas. Com presença em 19 estados, a marca espera crescer mais intensamente nas regiões Norte e Nordeste por conta da oferta maior de pontos de venda em comparação com outras regiões do País.
Modelo store in store
Além de lojas e quiosques, a franquia também trabalha com o modelo store in store, em que duas marcas diferentes dividem o mesmo ponto de venda. Lançada há seis anos, a estratégia visa, segundo Adriana, "ir onde o cliente está". A Leroy Merlin e a Dicico são exemplos de empresas que firmaram parcerias com a Rei do Mate.
Segundo Hélio, que tem uma unidade dentro da loja de artigos esportivos Decathlon, o modelo ajuda a diminuir tanto o custo de algumas contas fixas, já que há um rateio entre as partes, quanto o risco de errar na escolha do ponto de venda. "Você pode contar com o fluxo de consumidores da loja-mãe. Existe o esforço conjunto entre as duas marcas que compartilham o mesmo espaço em querer aumentar a clientela", diz.
Em contrapartida, o franqueado tem ainda menos liberdade. "A franquia já é um tipo de negócio para quem topa trabalhar em parceria e abre mão da sua independência. Isso fica ainda mais claro no store in store. Não posso mudar um banner de lugar sem consultar a Decathlon", afirma Hélio.
Em 2011, a sua unidade aumentou o faturamento em 30% e para este ano a expectativa é que o índice fique entre 15% e 20%. "No começo de 2012 o objetivo era manter o ritmo de crescimento, mas por conta da desaceleração da economia, e principalmente do consumo, revimos a taxa para baixo", explica o franqueado.
Rei do Mate em números
Setor: Alimentação
Resumo do negócio: Rede especializada em mate
Número de unidades: 320 unidades
Unidades próprias: 4
Unidades franqueadas: 316
Faturamento mensal médio: de R$ 45 mil a 60 mil
Taxa de franquia: R$ 29 mil para a primeira loja, R$ 25 mil a partir da segunda e R$ 20 mil a partir da terceira unidade
Taxa de propaganda: 1% sobre faturamento bruto
Taxa de royalties: 4% sobre faturamento bruto
Capital para instalação: de R$ 200 mil a R$ 350 mil (sem ponto comercial)
Capital de giro: R$ 20 mil
Prazo de retorno estimado: 36 meses em média
Principais concorrentes: Casa do Pão de Queijo e MegaMatte