O conceito de fast and fresh food, bastante forte nos Estados Unidos e na Europa, começa a crescer no Brasil. A ideia é oferecer uma refeição rápida com ingredientes saudáveis e sem processamentos. Ainda pequeno, o mercado está atraindo novos players, inclusive internacionais, que investem no sistema de franquias para se espalhar pelo território brasileiro.
Segundo dados do Sebrae, no Brasil, em um período de cinco anos, 80% dos negócios que são abertos de forma independente fecham. Em se tratando de franquias, esse número cai para 15%. Esses números aguçam a vontade do empreendedor que quer ganhar dinheiro com um negócio já testado, muitas vezes conhecido pelo seu público, e com todo o suporte necessário para o start-up. A expansão da marca americana de sanduíches tostados Quiznos®, por exemplo, conta com a vocação empreendedora do brasileiro. A marca, que entra no mercado da Região Sul com abertura de lojas em Curitiba no mês de setembro, acredita que para viabilizar a sua multiplicação em um país continental, o sistema é ideal. “Pretendemos abrir 300 lojas na Região Sul e nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul em 10 anos. O projeto seria inviável sem as franquias”, declara Roberto Kaminski, sócio da Premium Fast Food Brasil, empresa que administra os direitos de operação de franquias nestas localidades.
A marca adotou a estratégia inicial de adquirir lojas próprias de vários tamanhos e estilos padrões da marca. “Assim, o franqueado confere os modelos de como será o seu empreendimento”, explica Gabriel Miranda, gerente de operações da Premium. Além disso, a Quiznos® realiza um trabalho minucioso de geomarketing para decidir o local de instalação das lojas a fim de não provocar um canibalismo entre franqueados e oferecer maior segurança ao sucesso do empreendimento. De acordo com Gabriel Miranda, o serviço é muito importante pois faz o mapeamento de concentração do público alvo da marca. “Com isso é possível fazer uma previsão de venda para a loja”, esclarece.
O estudo também evita concorrência desnecessárias. “Se houver um franqueado em cada esquina, além de competir com as demais marcas existentes no mercado, irão disputar a preferência do consumidor entre si, o que não é bom nem para a marca nem para o franqueado. Então, realizamos todo o acompanhamento e defendemos uma expansão baseada em estudos estratégicos fundamentados”, declara Gabriel Miranda.
Para ser um franqueado da marca americana é preciso um investimento inicial de R$ 250 mil com a previsão de retorno médio de 15% do valor investido em 24 a 30 meses. “Os franqueados contam ainda com a cadeia de fornecedores desenvolvidos nacionalmente e, para certos ingredientes como hortifruti, por região, são treinados e recebem o portfólio de materiais visuais e arquitetônicos, além do suporte logístico. Enfim, a marca disponibiliza o necessário para funcionar de acordo com as primícias de qualidade da sede nos Estados Unidos. Acreditamos que o faturamento médio de uma loja varie entre R$ 80 mil e R$ 150 mil”, esclarece Roberto Kaminski.