Um novo modelo de negócio chega ao mercado brasileiro de balas, drops, caramelos e pastilhas. A marca Fini se prepara para colocar no varejo uma rede de franquias. Decorada com motivos infantis e cores fortes, as lojas, no estilo self-service, apostam no lúdico para fazer sucesso com as crianças. As vitrines onde ficam dispostos os doces são parte de um cenário, em que o consumidor é convidado a interagir como se estivesse na linha de produção de uma fábrica.
De origem espanhola, a Fini faz parte do Grupo Sánchez Cano. A marca está presente em mais de 80 países e é uma das principais produtoras de guloseimas da Europa. Há 11 anos no Brasil, a Fini ainda não tinha lojas próprias. Com a abertura da Fábrica de Cor e Sabor, a meta da marca é expandir no mercado brasileiro implantando 40 pontos de venda até o fim de 2012 e mais 300 franquias até 2013. "Esse ano nossos esforços serão para as lojas próprias, que servirão de piloto para as franquias, nosso foco para 2013", diz Andréia Vasconcelos, gerente de maketing da Fini.
O público-alvo da marca são as crianças e adolescentes. O analista de mercado da Nielsen, Ramon Cassel, acredita que isso não é um problema, pois hoje o consumidor, no caso a criança, tem grande influência sobre o comprador, o pai. Osmar Chaves, vice-presidente de balas da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB), completa "a criança de hoje tem mais autonomia e sabe o quer. E a interação lúdica da Fini será um atrativo para esse consumidor", avalia.
O crescimento do setor tem sido positivo. Em 2011, o aumento em volume de produção foi de 1,3% e em faturamento de 6,3%, segundo dados do instituto de pesquisa Nielsen. "O aumento do consumo, principalmente da classe C, explica o fato de o faturamento ter crescido mais do que volume de produção", afirma Ramon.
Inovação no mercado
Para Osmar, a iniciativa da Fini é pioneira no País, pois o mercado de balas, até então, estava mais focado nas vendas de atacado e varejo. A exemplo do que já acontece com os chocolates, a Fini vai criar uma valorização e um maior apelo para sua marca com as franquias. "Eles terão um grande desafio pela frente", afirma Osmar. Segundo ele, com o aquecimento do setor, há grandes chances de sucesso.
Até o final do ano, segundo Andréia Vasconcelos, a marca pretende lucrar 6 milhões de reais. As primeiras lojas devem chegar ao mercado a partir de setembro.
Fini em números
Setor: Bebidas, cafés, doces e salgados
Resumo do negócio: empresa que comercializa doces
Unidades próprias: plano de expansão de 40 lojas próprias em SP até o fim de 2012
Faturamento mensal médio: bruto - a partir de R$ 40 mil (quiosque de 9m2)
Taxa de franquia: R$ 30 mil
Taxa de royalties: 36% sob valor da compra
Taxa de propaganda: 5%
Capital para instalação: investimento inicial de quiosque a partir de R$ 80 mil e investimento inicial de loja a partir de R$ 120 mil
Capital de giro: R$ 15 mil
Prazo de retorno estimado: máximo 24 meses
Principais concorrentes: Arcor, Mentos, Trident