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Grandes cervejarias concorrem entre si com novas franquias

Grandes cervejarias concorrem entre si com novas franquias
Sua Franquia Publicado em 11 de Julho de 2012 às, 15h03. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 02h59.

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Uma prática cada vez mais aplicada por grandes indústrias é a criação de franquias para comercializar seus produtos. A ideia é construir um espaço exclusivo e cortar intermediários; isso tudo sem tirar dinheiro do próprio bolso para investir em pontos de venda. A tática também pode ser um bom negócio para o empreendedor, que monta uma franquia nova no mercado, com a vantagem de ter o apoio da estrutura de uma grande empresa.

A batalha entre as grandes cervejarias brasileiras vem se desenrolando agora no formato de franquias. Desde 2003, a Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) - líder do mercado e quarta maior cervejaria do mundo - trabalha com sua primeira franquia, o Quiosque Chopp Brahma. Com investimento inicial a partir de R$ 80 mil para os quiosques de 9 m², a rede conta hoje com 258 unidades pelo Brasil. Por exigir uma área relativamente pequena, os quiosques são muito populares em shoppings, onde o metro quadrado é caro. Além da variante de 9 m², há também quiosques maiores formatados para funcionar em ambientes tanto abertos quanto fechados, ambos com investimentos na faixa de R$ 300 mil.

Concorrência
Uma concorrente direta é o quiosque Ponto Devassa, focado na marca homônima da cervejaria Schincariol. A Devassa foi criada em 2002 como cerveja premium no Rio de Janeiro antes de ser comprada e massificada pela Schincariol em 2007. Os quiosques do Ponto Devassa têm um custo de implantação médio de R$ 220 mil.

A empresa Sonar Serviços e Franquias é o braço da Schincariol responsável por gerir suas redes, todas ligadas à marca Devassa. Além dos quiosques, a marca tem renovado sua ofensiva com iniciativas como o Boteco da Loura Devassa, lançado na última feira da ABF, de junho de 2012. O investimento inicial da loja é na faixa de R$ 480 mil - fora o ponto, de 90 m². A loja explora o ideal retrô de botecos cariocas, com direito a petiscos e sanduíches, além, claro, das cervejas Devassa pilsen e artesanal.

Enquanto a Schincariol aposta na boêmia carioca, a Ambev se inspira na noite paulistana com a franquia do Seu Boteco. Com investimento inicial de R$ 500 mil, a marca "segue o estilo Vila Madalena, com chopp, mas também cerveja de garrafa", como define o gerente nacional de franquias, Carlos Augusto Vargas.

Simples e rápido
Ambas as empresas têm investido também em modelos mais enxutos. Além do Boteco da Loura, a Schincariol lançou recentemente a Mini-Cervejaria Devassa, com apenas 70 m² e investimento inicial de R$ 480 mil, fora o ponto. O objetivo é crescer em shoppings centers, que têm espaços disputados. A ideia, no entanto, é manter a marca separada de praças de alimentação para atrair um público de maior poder aquisitivo.

Já a Brahma criou o modelo do Chopp Brahma Express. Com custo inicial em torno de R$ 300 mil, a franquia funciona como um serviço de entrega, que permite que o cliente "leve a experiência do chopp Brahma para casa com todo o equipamento de choperia. Os próprios clientes são os chopeiros", explica Carlos.

A Ambev também trabalha com o Carrinho de Chopp Brahma, que tem uma taxa inicial de apenas R$ 2 mil e dá mobilidade ao proprietário.

Nosso Bar
De olho no crescimento da classe C, a Ambev tem apostado num novo projeto chamado de Nosso Bar. Lançada em 2011 e com um investimento inicial de apenas R$ 28 mil, o foco da marca é nos micro e pequenos empreendedores.

"Fornecemos para mais de um milhão de pontos de venda no Brasil e temos a preocupação de que eles tenham uma longevidade maior e uma relação de longo prazo com a Ambev", explica Carlos.

O foco do empreendimento será a venda de cerveja de garrafa. Além da identidade visual, a Ambev também fornecerá todo o material como baldes, faixas, pintura, ou "tudo que dá a cara do bar", como define Carlos. A empresa oferece consultoria e treinamento por meio de uma parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae).

Além de aceitar investidores dispostos a abrir um novo negócio, a empresa tem o objetivo de trabalhar para que bares estabelecidos mudem para a bandeira do Nosso Bar. Segundo Carlos, o plano é atingir a marca de 800 franquias até o fim de 2012 - os últimos dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF) apontam apenas 93 unidades atualmente.

Carlos Vargas afirma que a franquia busca franqueados "dispostos a seguir uma rotina, aptos a trabalhar com público."

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