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Pesquisa mostra que redes de alimentação cresceram 16,8% em 2010 e visam novos mercados

Regiões Nordeste e Centro-Oeste receberão o maior número de novas lojas

Pesquisa mostra que redes de alimentação cresceram 16,8% em 2010 e visam novos mercados
Sua Franquia Publicado em 26 de Agosto de 2011 às, 17h40. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 02h59.

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São Paulo, agosto de 2011 – A ABF- Associação Brasileira de Franchising e a ECD, consultoria especializada em Food Service, anunciam hoje os resultados da pesquisa “Panorama Global das Franquias do Setor de Alimentação”, realizada durante os meses de maio e junho de 2011 com 46 redes de franquia, ou seja, 40% das que operam no mercado.

 A pesquisa revela o desempenho desse mercado em 2010, comparado ao ano de 2009 e também aponta  as expectativas dosegmento para 2011 e os próximos dois anos (até 2013). “Oobjetivo da ABF é identificar as principais tendências e desafios para asfranquias do segmento de Food Service, um dos mais representativos do sistema”, explica Ricardo Bomeny, presidente da ABF.

O faturamento das redes participantes da pesquisa cresceu 16,8% em 2010 e alcançou um faturamento de R$ 9,254 bilhões, o que corresponde a 61% do faturamento do setor.

A expectativa para esse ano é ainda maior. “As franquias de alimentação pesquisadas esperamcrescer 18,6% em 2011”, afirma João Baptista Jr, coordenador do Grupo Setorial de Redes de Alimentaçãoda ABF.

Segundo ele, esse número poderia ser ainda maior. “O setor enfrenta desafios muito grandes como a falta de mão de obra, a alta expressiva nos custos dos imóveis e problemas logísticos que atrapalham uma expansão maior”.

A amostra da pesquisa foi dividida em seis segmentos presentes no setor de redes de alimentação: comida asiática (5%), pizza/massas (8%), comida variada (29%); doceria (1%); snack/cafeteria (16%) e sanduíches (41%).

Presença das lojas por Estado em 2010

Também pôde serverificado na amostra o crescimento do franchising em determinadas regiões, bem como perfil de cada mercado. O destaque vai para o Centro-Oeste, que tem uma presença de lojas superior às despesas com alimentação fora de casa, bem como o Nordeste, que é a região com maior abertura de novas lojas. “Constatou-se que essas regiões são as novas fronteiras de expansão do sistema de franquias”, afirma Enzo Donna, da ECD Food Service, coordenador da pesquisa.

A região Sudeste continua sendo a mais representativa para o setor, com 65,7% das lojas, que equivalem à participação na despesa de alimentação fora de casa. A tendência, segundo a pesquisa, é que para os próximos anos São Paulo e Rio de Janeiro diminuam o ritmo de abertura de novas lojas. “Já Minas Gerais ainda tem espaço paracrescer”, aponta o consultor.

Donna ressalta a queda na participação do Sul (com 10,7% das lojas), que, apesar de representar uma grande parcela das despesas do brasileiro com alimentação fora do lar, possui uma limitação em relação ao crescimento do número de lojas. “O sistema de franquias deverá repensar o modelo de negócio para essa região”, afirmou.

Os dados que aparecem dentro do quadro em laranja referem-se a participação da alimentação fora do lar do total dos gastos das famílias, de acordo com a POF (Pesquisa do Orçamento Familiar) do IBGE.

Em relação à presença das redes de alimentação no exterior, a pesquisa aponta que não é um tema prioritário na agenda das empresas. “A crise internacional e o bom momento da economia brasileira tiraram o foco da exportação das franquias”, analisa o pesquisador.

Localização das lojas de franquias de alimentação

De acordo com a pesquisa, o shopping continua em alta, com a maior concentração de abertura de lojas (64,7%) e a tendência é manter o crescimento. Isso se deve à praça de alimentação ser a grande âncora dos shoppings, pois atrai público e gera um tráfego intenso.

Em segundo lugar as lojas de rua ficam no patamar de 24,2%, porém exigem um planejamento e análise geográfica mais estratégica para a abertura de redes de alimentação. Já os hipermercados e galerias comerciais são menos representativos para a expansãos e mantendo na casa dos 6,2% e 1,4% das lojas de alimentação, respectivamente.

Com a vantagem do custo menor, a expansão de quiosques se dá predominantemente nos shoppings, com 71,1% de presença, seguida de hipermercados (13,4%), rua (7,8%) e galerias comerciais (4,5%).

Desempenho x faturamento

Conforme já citado, a pesquisa apontou um crescimento de 16,8% em 2010 com relação a 2009. Já as expectativas para 2011, segundo a amostra, apontam que este ano deverão crescer 18,6% com relação a 2010. Em número de lojas o sistema de franquias cresceu em torno de 11,5% no ano de 2010 comparado a 2009.

Já o faturamento médio (mensal) por loja ficou em R$223.068 mi, considerando um ticket médio de R$13,70. Num universo de 155.682 funcionários, o faturamento médio por funcionário (anual) chega a R$81.060, sendo que os setores de docerias, sanduíches e pizzas/massas foram os mais expressivos.

Em relação ao ticket médio e faturamento por loja o desempenho foi puxado pelo setor de sanduíches (R$378.787), seguido por comida variada (R$126.315), pizzas/massas (R$107.206), comida asiática (R$69.474), snack/cafeteria (R$50.584) e doceria (R$32.787).

O faturamento anual por m² cresceu apenas 2,5% em relação a 2009. Segundo Enzo Donna, essa média é reflexo de um problema que o sistema vem enfrentando, como o custo de ocupação das unidades.

Expectativa de crescimento

O segmento de comida variada foi o que mais cresceu em 2010 (23,3%); seguido pelo segmento de snack/cafeteria (18,9%); pizzas/massas (13,5%); comida asiática (13,4%); sanduíches (10,8%) e docerias (5%). Na análise do segmento, percebemos otimismo em alguns setores para 2011: comida variada, docerias,sanduíches e snack/cafeteria.

Em termos de público por loja e segmento, podemos observar que a pesquisa abrangeu 75 milhões de pessoas no universo de 4.793 lojas, sendo que o segmento de sanduíches detém maior concentração de pessoas.

A amostra conclui ainda que o segmento de sanduiches também representa 57% do faturamento anual (R$9.254.974) do setor.

Outros indicadores

Além das conclusões sobre o faturamento e crescimento do setor de alimentação, a pesquisa analisou alguns outros indicadores, entre eles:

Custo de ocupação – observa-se que o custo de ocupação em shopping cresceu 7,4% em relação a 2009, enquanto o custo na rua caiu expressivamente, apesar de não ser um modelo de sucesso para as franquias de alimentação. Já o custo de ocupação em centros comerciais, galerias e supermercados teve um aumento considerável, puxado pelo setor deSnack/Cafeterias que representa 46,2%

Abastecimento – segundo a amostragem, 29% das redes utilizam sistemas de abastecimento próprio e há uma tendência a optarem pela terceirização para evitar preocupações. Porém, os problemas logísticos e tributários são vistos como obstáculos para o crescimento desta terceirização especializada.

Rotatividade – como crescimento do mercado, o sistema de franquias está enfrentando dificuldades na retração da mão de obra. O Turn Over teve um aumento de 7,1% com relação a 2009, o que significa que metade do quadro de funcionários foi renovado.

Capacitação e Treinamento – a forte expansão do sistema de franquias apresenta um desafio para o setor, como garantir a qualificação necessária de mão de obra. Os treinamentos continuam, sendo uma ferramenta fundamental para o sistema de franquias. A pesquisa mostra que os treinamentos estão concentradosem períodos trimestrais e semestrais.

Principais Conclusões

.46 franquias do segmento de alimentação participaram da pesquisa.
.A amostra abrange um total de 4.793 lojas, que representam um faturamento anual de R$ R$9,254  bilhões (61% do faturamento total do sistema de franquias no Brasil).
.A amostra foi dividida entre seis segmentos presentes no setor de redes de alimentação. São eles: comida asiática (5%); pizza/massas (8%), comida variada (29%); doceria (1%); snack/cafeteria (16%) e sanduíches (41%).
.O ticket médio geral é de R$ 13,70.
.O ticket médio do segmento de comida asiática continua sendo o maior do sistema de franquia (R$ 26,43).
.O segmento de alimentação cresceu 16,8% em relação a 2009.
.Em número de lojas o crescimento do setor ficou em torno de 11,5% se comparado com 2009.
.A expectativa é saltar para 18,6% em 2011.
O maior número de lojas próprias está no Sudeste (65,7%), mas as regiões que devem ter o crescimento mais expressivo nos próximos anos são o Centro-Oeste e o Nordeste.
.O shopping continuará atraindo o maior número de lojas nos próximos três anos.
.Em termos de participação no faturamento, o segmento Sanduíches ainda lidera com 57%.
.A amostra apresenta os principais problemas que afligem o setor. “Podemos perceber que os custos externos, como, matéria-prima e ocupação, são os desafios mais difíceis de administrar, assim como os problemas de mão de obra e tributários, que continuam dificultando a expansão do sistema”, analisa João Baptista da Silva, do Comitê Setorial de Food Service da ABF.
Mais informações: www.abf.com.br

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