A busca por mais espaço no mercado de fast-food brasileiro impulsiona duas das grandes redes do setor a expandir seus negócios no Brasil: as marcas Subway e Burger King tiram do forno planos ousados de expansão, visando a bater de frente com gigantes da área, como Habib's e McDonald's.
O Subway, que no início da década esteve perto de deixar o Brasil por conta de sucessivos prejuízos, pretende chegar à marca de 600 restaurantes até o fim de 2011. O número, ousado, inclui uma média de oito novas unidades até dezembro do ano que vem, visto que a rede hoje tem 480 lojas no País; cerca de 60% dos investimentos serão concentrados em capitais.
Às vésperas de completar seis anos no Brasil, a rede de fast-food Burger King também aposta na expansão do mercado brasileiro. O objetivo da rede americana é ter 180 novas unidades em três anos, chegando a 173 unidades em todo o Brasil. "Vamos abrir o dobro de lojas na metade do tempo", afirmou o diretor sênior do Burger King no Brasil, Iuri Miranda.
Para alcançar esta meta, um novo acordo de franquias foi anunciado ontem pela companhia, que assinou um contrato de desenvolvimento com um dos mais recentes franqueados da marca Burger King, o Grupo Vierci. O acordo, o maior em desenvolvimento de múltiplas unidades na história da marca no Brasil, prevê que o Grupo Vierci detenha os direitos não exclusivos de desenvolvimento no Estado de São Paulo, o que representa um dos planos de expansão mais agressivos que a marca já viu. A expectativa é que o Grupo Vierci abra seu primeiro restaurante em São Paulo no primeiro semestre de 2011.
"Acreditamos que São Paulo é um mercado-chave para o crescimento contínuo da marca Burger King no Brasil, e é uma parte importante da estratégia de desenvolvimento da empresa", completou o executivo.
A decisão do grupo Burger King de investir e aproximar relações com o mercado brasileiro não é novidade. Em setembro, o fundo 3G Capital, criado pelos investidores brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira - os principais acionistas da AB InBev, considerada a maior fabricante de cerveja do mundo -, assinou acordo de US$ 4 bilhões para comprar a operação global da rede, que sofreu duros golpes na crise financeira global e enfrenta o acirramento da concorrência com outras cadeias internacionais.