Os shoppings centers, transformados em polo de atração crescente de consumidores – inclusive de classes sociais antes ausentes desse mercado –, estão, mais do que nunca, enchendo os olhos das redes de franquias como opção de negócios. Unindo lazer, centro de compras, serviços e alimentação, hoje são 397 em todo país. E, segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), em 2011 outros 29 devem abrir as portas.
“A melhora na economia do país tem trazido aos shoppings um público cada vez maior e diversificado. Com mais pessoas em circulação, há maior movimentação financeira, o que acaba atraindo as empresas para dentro desse tipo de estabelecimento”, diz Jonas Lima, consultor de Expansão da Bittencourt Consultoria. A afirmação é confirmada com números acerca do faturamento do setor. De acordo com a Abrasce, o faturamento foi de R$ 71 bilhões em 2009 e a expectativa é encerrar 2010 com crescimento de 15% nas vendas.
Um exemplo de franquia atenta a esse nicho é a Spedini Trattoria Expressa, rede de fast food especializada em culinária italiana. Das 14 lojas em operação, 13 estão em shoppings de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “Nesse tipo de local, além dos horários de pico, como o almoço, há demanda quase que o tempo todo de pessoas que depois de uma sessão de cinema ou de compras vão às praças de alimentação, o que torna o negócio estável e rentável”, diz o gerente comercial da rede, Romano Fressato Neto.
A rede pretende pegar carona na expansão dos shoppings em 2011 para também impulsionar os negócios. A meta é ampliar para 30 o número de unidades no próximo ano. “No primeiro momento, o foco principal de crescimento da rede é a capital paulista e regiões do interior de São Paulo que possuem economia forte e grande público consumidor de massa, herança da colonização italiana, bem como os estados da região Sul. Mas, obviamente, interessados em abrir unidades em outras regiões ou estados também serão atendidos”, afirma o executivo da Spedini.
O investimento estimado para a abertura de uma loja em shopping é de R$ 290 mil (ponto comercial não incluído). O faturamento médio mensal é de R$ 90 mil e a rentabilidade varia de 12% a 20%.
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