Franquias de iogurte se espalham pelo País
Sua Franquia
Publicado em 02 de Março de 2010 às, 10h38. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 02h59.
Em três anos, rede Yogoberry já conta com 30 unidades em quatro Estados e no DF, enquanto concorrentes surgem e tentam ganhar espaço
RIO
Sensação do verão carioca, o sorvete cremoso feito de iogurte está ganhando o País por meio de franquias. Três anos depois de abrir a sua primeira sorveteria em Ipanema, na zona sul do Rio, os três primos de origem coreana que trouxeram a mania do frozen yogurt ao Brasil já contam mais de 30 lojas da rede Yogoberry. Além de se espalhar pelas esquinas do Rio, a rede tem sete lojas em São Paulo e já chegou a Brasília, Espírito Santo e Pernambuco. No rastro do sucesso, redes similares também estão crescendo.
O segredo da expansão da rede é a fácil adaptação da franquia a corredores de shoppings e pequenas lojas de rua. Com um investimento inicial de R$ 500 mil é possível abrir um espaço de pelo menos 30 metros quadrados para abrigar uma máquina cuja tecnologia americana não se difere da que produz sorvete instantâneo em lanchonetes fast-food. A diferença é que, em vez de chocolate, baunilha e gordura, a matéria-prima é um iogurte em pó italiano que vira um creme refrescante, azedinho e de baixa caloria. Caldas, coberturas e frutas escolhidas pelos clientes realçam o sabor.
Tudo começou em 2006, quando a empresária Un Ae era comissária da Varig em Los Angeles. Ela já era viciada no frozen yogurt, popular na Califórnia, quando perdeu o emprego. Logo viu que o caráter saudável da sobremesa tinha a ver com a praia de Ipanema. De volta ao Brasil, convidou a prima Jong Ae Hong, nutricionista, para ajudá-la a adaptar a ideia ao gosto local. Para fechar o time, buscou em São Paulo o primo Marcelo Bae, administrador de empresas que se tornou o cérebro financeiro do negócio, e convenceu um investidor estrangeiro a patrocinar a aventura.
Com um investimento inicial de R$ 1 milhão, o grupo abriu, em 2007, a sua primeira loja em Ipanema, na esquina das ruas Visconde de Pirajá e Vinícius de Moraes. O local não foi mesmo um acaso. Da decoração de luminárias coloridas e assentos de acrílico assinados por Phillippe Starck à adaptação dos acompanhamentos do sorvete, cada conceito das lojas veio de minuciosas pesquisas que consumiram mais de um ano.
"Começamos em Ipanema por causa do público formador de opinião e multiplicador de tendências. Só não esperávamos sucesso tão rápido", diz Marcelo. A estratégia parece se refletir na demanda crescente por franquias. Em média, cada loja vende 300 unidades por dia, um crescimento de 30% entre 2008 e 2009. Os primos faturaram R$ 2 milhões no ano passado com as duas lojas próprias e ainda ficam com 6% da receita dos franqueados. "Tivemos um período de maturação muito curto e já estamos no azul."
O sucesso também estimulou o surgimento de concorrentes, cujas redes também crescem em ritmo exponencial. É o caso da Yoggi, fundada em 2008 no Rio, que chegou a São Paulo e capitais como Belo Horizonte e Goiânia. Para enfrentá-los, Bae tira em breve da manga um plano de mídia, inovações de sabores e uma versão diet.
"Sabíamos que teríamos concorrência logo, mas eles apareceram mais rápido do que imaginávamos. Tínhamos esse receio no início, mas o sucesso agora nos dá mais segurança", diz.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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