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Spoleto, Bob's e O Boticário apostam no crescimento em países da América Latina

A tendência é aumentar o número de redes interessadas em exposição externa

Spoleto, Bob's e O Boticário apostam no crescimento em países da América Latina
Sua Franquia Publicado em 12 de Novembro de 2009 às, 10h38. Atualizado em 10 de Julho de 2023 às, 23h59.

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A internacionalização de sua marca com a abertura de unidades no exterior, buscando novos mercados, é a meta de grandes redes de franquias, como Bob's, Spoleto e O Boticário, que têm grande capilaridade e consolidação no território nacional. Essas empresas miram principalmente em países da América Latina. Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), a tendência é de que o número de redes interessadas em exposição externa cresça em 2010, quando 80 marcas brasileiras exportarão franquias a 50 países, frente a 66 redes presentes em 49 países atualmente.

De acordo com Ricardo Bomeny, presidente da ABF e CEO da holding Brazil Fast Food Corporation (BFFC), que possui marcas como Bob's, KFC, Pizza Hut e Doggis, 5% do total das franquias nacionais operam no exterior, enquanto 10% das redes que estão aqui são internacionais, o que mostra ainda grande potencial. O próprio Bob's foi um dos primeiros a ficar atento ao mercado externo e quer ampliar sua presença no Chile e em Angola, além de estudar entrada em outros países da América Latina. "Acabamos de abrir a segunda unidade no Chile e devemos abrir mais uma até o fim do ano, além de ampliar ano que vem", diz o executivo.

A holding ainda deve ampliar no país a presença da chilena Doggis, considerada o maior fast-food especializado em hot-dog da América Latina, com cerca de 150 unidades no Chile, e da qual se tornou, recentemente, sócia controladora da máster franquia da marca no Brasil. A primeira loja da rede foi aberta no Shopping Grande Rio e há outras duas unidades no Barra Shopping e no Shopping Caxias, no Rio de Janeiro. "Estamos olhando novos pontos na cidade do Rio de Janeiro e temos previsão de entrar também em São Paulo", afirma.

Bomeny ainda destaca que países da América Central, como Guatemala, El Salvador e Costa Rica, também podem ser mercados interessantes e onde as redes podem entrar em bloco, sendo que a ABF tem feito missões e visitas nesses países para facilitar o intercâmbio e a entrada de novas marcas, aproveitando o bom momento do setor no Brasil.

A ABF possui ainda uma parceria com a Agência Brasileira de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), projeto que já está na sua terceira fase e terá investimento de R$ 1,205 milhão. "O Brasil por muitos anos não teve uma cultura exportadora de marcas, é diferente de exportar produtos. Essa cultura que estamos rompendo com a Apex. É um setor que esperamos que cresça muito no futuro." As marcas que já aderiram ao projeto são O Boticário, Bob's, Casa do Pão de Queijo, Wizard, Emagrecentro, Via Uno, Minas Brasil e Arezzo.

Alimentos

Outra rede que deve acelerar negócios no exterior é o Spoleto, que pertence ao Grupo Umbria, que detém ainda as marcas Koni Store e Domino's Pizza. Atualmente, a rede possui 20 unidades no México e duas na Espanha, devendo fechar o primeiro trimestre de 2010 com 25 lojas no México, onde vê maior potencial, além de buscar negócios com possíveis máster franqueadores em outros três países do continente. "Nosso cardápio de massas é internacional e tem boa receptividade, optamos por assinar um contrato com um máster franqueado que desenvolve nossa marca em outro país e uma pessoa para dar suporte na fase inicial", diz Renata Rouchou, gerente de Expansão do Grupo.

No México, a rede acredita que após chegar a 25 unidades deve deslanchar no país. "Nosso foco continua sendo o Brasil, mas financeiramente pode ser interessante, e um país da América Latina pode equivaler a um estado brasileiro. O mais difícil de entrar em outro país é adaptar o conceito e tornar a marca conhecida, mas depois da partida inicial é mais simples", diz a gerente.

No mercado nacional, este ano, a rede assinou 37 contratos de franquias e, destes abriu 27 lojas, para o ano que vem, pretende ter 42 assinaturas. O Grupo crê terminar o ano com crescimento médio de 20% sobre 2008 e faturar R$ 340 milhões.

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