Rei do Mate ganhou um prêmio por iniciativa em prol do meio ambiente
A rede despejava mais de 1 milhão de copos de plástico por mês no meio ambiente
Sua Franquia
Publicado em 16 de Outubro de 2009 às, 10h38. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 02h59.
Atualmente, o consumo mundial de energia, água e recursos naturais de uma forma geral supera em 30% a capacidade do planeta e o desenvolvimento sustentável tornou-se uma das principais preocupações das empresas que querem continuar atuando no mercado. Durante o 1° Simpósio de Responsabilidade Social, promovido pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) e pela Associação de Franquia Solidária (AFRAS) nesta semana, em São Paulo, empresários do setor de franquia foram levados a refletir sobre como gerir negócios sem prejudicar o meio ambiente.
Segundo Roberta Cardoso, professora da Fundação Getulio Vargas (FGV), a responsabilidade social empresarial busca preservar os recursos para gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades. Ela afirma que as empresas que adotam práticas sustentáveis saem na frente, embora ainda existam desafios a ser superados. "Os empreendedores têm sido chamados a repensar o modo de gestão de seus negócios. Consumidores estão cada vez mais conscientes, o monitoramento de práticas predatórias tem sido mais rigoroso e o número de leis aumentou. Quem age antes, se adapta melhor e supera a concorrência", afirma Roberta.
Para a professora é fundamental criar mecanismos que promovam a sustentabilidade, como a diminuição de resíduos, o desenvolvimento de produtos verdes e a contratação de idosos, aprendizes e deficientes. Também é importante educar consumidores e funcionários.
Até o ano passado, a rede de franquias Rei do Mate despejava, por mês, mais de um milhão de copos plásticos no meio ambiente. Ao ser convidada pelo Instituto Ethos para participar dos indicadores promovidos pela instituição e ter um levantamento sobre como andava o comprometimento ambiental da franquia, a empresa notou o tamanho do impacto causado e decidiu substituir o copo plástico pelo de papel, produzido com madeiras de florestas sustentáveis.
João Baptista Junior, diretor-executivo da rede, diz que no início teve dificuldades para implementar a mudança. "O produto era 20% mais caro, eu tinha que convencer os franqueados a mexer no orçamento e a primeira percepção dos clientes foi negativa. Recebemos inúmeras reclamações. Muitas pessoas achavam que a troca havia ocorrido porque o papel era mais barato que o plástico."
Para reverter o quadro, o diretor criou estratégias que fizessem com que os consumidores participassem da mudança. "Fizemos um trabalho didático. Explicamos aos clientes a importância da medida e pedimos a colaboração de todos. Aos poucos, as pessoas passaram a valorizar a medida e os franqueados perceberam que a ideia era uma boa iniciativa".
O esforço aplicado na mudança valeu a pena e a rede ganhou, em 2009, o prêmio ABF-AFRAS Destaque Responsabilidade Social, juntamente com outras empresas, como Yázigi, Sorridents, Vita Derm e Bit Company.
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