O Madero prepara para 18 de junho a abertura do seu quarto restaurante em Curitiba, no shopping Estação. Segundo o empresário Júnior Durski, é a “mais bonita e mais cara” das seis unidades – as outras duas funcionam em Balneário Camboriú e Goiânia. Mas o investimento de R$ 1 milhão na nova casa nem de longe é o plano mais ambicioso dele para a marca, criada em 2005 e transformada em franquia no ano passado. Em parceria com a loja de vinhos europeia Lavinia, ele deve abrir no segundo semestre a primeira unidade em São Paulo e estuda a expansão para Paris e outras cidades da Europa.
“Estamos preparando uma associação com eles para assumir as operações de restaurante que eles têm junto com as lojas de vinhos. Vamos fazer isso em uma primeira loja em São Paulo, nos Jardins ou Itaim, e, no futuro, em outras unidades em Paris e outras cidades da Europa”, conta o empresário, que há pouco tempo esteve em Xangai prospectando lugares para a franquia chinesa do Madero.
Enquanto as negociações com a Lavinia caminham, Durski deixa em segundo plano o andamento de outras 18 franquias que já estavam aprovadas em diversas cidades brasileiras. “Estamos organizando o negócio todo antes de dar continuidade.”
Mais bonita
O restaurante do Estação terá cerca de 370 metros quadrados – com um espaço interno para 70 pessoas e uma área aberta para 30 clientes – e está sendo construído no segundo andar, ao lado das Lojas Colombo. Para compor o ambiente externo será montado um jardim com cerca de 40 árvores. “O Estação tem uma vocação forte de gastronomia. Mas não tem uma opção mais refinada. Essa é a proposta que estamos criando, com adega para mais de mil rótulos, sommelier e um espaço separado do agito da praça.”
O quarto deve ser também o último Madero de Curitiba. Apesar de não ter dúvidas sobre a força da marca, Durski acredita que o mercado curitibano está saturado. “O restaurante é um negócio que demora muito para maturar. É preciso pensar muito para investir em um novo empreendimento, começar do zero”, diz. “O setor não vive um bom momento. Há alguns fechamentos e mudanças de donos, o que nunca é um bom sinal.”
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) no Paraná não tem estatísticas do desempenho do setor. Mas o presidente da entidade, Marcelo Pereira, diz que os restaurantes, assim como o comércio de um modo geral, sofreram com a crise. “Houve uma queda no fluxo de pessoas nos restaurantes que só não foi maior porque uma parcela da população deixou de viajar e ficou consumindo no mercado interno”, diz.