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Kopenhagen investe na expansão da rede

Kopenhagen investe na expansão da rede
Sua Franquia Publicado em 21 de Junho de 2008 às, 10h38. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 02h59.

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por Cléia Schmitz

A tradicional marca de chocolates Kopenhagen investe na expansão da rede de franquias ampliando o mix de produtos e testando novos formatos para aumentar o fluxo de clientes nos pontos-de-venda

O Brasil ainda não conhecia o marzipã – uma combinação de creme de avelã com castanhas e açúcar, tradicional na Europa – quando o casal de imigrantes lituanos Anna e David Kopenhagen começou a produzir o doce em 1928 no Bairro Itaim Bibi, em São Paulo. Logo foi preciso montar uma loja e uma fábrica para atender os pedidos dos clientes. Bombons de chocolate se juntaram à produção de marzipãs. Assim começou a história da Kopenhagen, que conquistou diferentes gerações com doces como Nhá Benta, Língua de Gato e Chumbinho. Em 1992, a marca aderiu ao sistema de franchising e, em 1996, foi adquirida pelo executivo Celso Ricardo de Moraes.

De lá para cá a empresa cresceu num ritmo mais acelerado, acompanhando o crescimento do segmento de chocolates no Brasil. Em 2006, o setor movimentou R$ 2,7 bilhões, ultrapassando o desempenho do mercado francês. A Kopenhagen produz 2 mil toneladas de chocolate por ano e, nos últimos seis anos, teve um aumento de 237% no faturamento. A rede tem 220 lojas bem distribuídas por 20 estados brasileiros, das quais 30 foram abertas no ano passado, quando o faturamento cresceu 17%. ""Estamos caminhando para fechar o ano com mais 30 franquias e um crescimento no faturamento de 30%"", afirma Renata Vichi, vice-presidente e filha de Celso.

Uma das propostas da marca é dar sempre uma cara nova para a franquia, sem perder a tradição de quase 80 anos de história. Um exemplo de renovação foi a introdução da cafeteria, em 2002. A idéia trouxe mais clientes para a loja e, claro, teve a aprovação dos franqueados. Houve quem duplicasse o faturamento. ""A cafeteria traz um aumento significativo no fluxo de clientes. Uma de nossas lojas dobrou o faturamento em 2006, quando inserimos o café e melhoramos a qualidade de atendimento"", conta a franqueada Daniela Farina Voegels, dona de três lojas Kopenhagen na capital paulista.

O café também estimula a venda de chocolates. ""O conceito de cafeteria e bomboniere contribui bastante para o aumento da receita do negócio. O café traz o cliente para dentro da loja e gera vendas adicionais dos chocolates"", afirma a franqueada Isabel Xavier Soares. Ela também é proprietária de três lojas Kopenhagen em São Paulo. Segundo Isabel, a receita da cafeteria cobre grande parte dos custos fixos da loja. Das 220 unidades Kopenhagen, 182 comercializam café. Um levantamento feito pela rede mostrou que o café aumenta em aproximadamente 153% o fluxo de pessoas na loja. Segundo Renata Vichi, o tíquete médio chega a R$ 18.

Sabor de inovação
Em novembro, a rede apresentou mais uma novidade em formato de loja: o Kopenhagen Gourmet Station. Instalado na loja própria do Parque Dom Pedro Shopping, em Campinas, o novo projeto de loja é um espaço com sobremesas, bebidas e pratos finos. O cardápio, desenvolvido pelo chocolatiere da grife, Orlando Glingani, traz produtos tradicionais em novas versões, como o milk-shake de Nhá Benta, croissant de mousse de chocolate Kopenhagen e waffle com Chumbinho. O menu também traz pratos salgados como wrap de salmão, quiche de alho-poró e croque monsier de cogumelos. ""A idéia é que o consumidor tenha um momento de prazer em um ambiente confortável e requintado"", explica Renata.

O projeto levou investimentos de R$ 500 mil e, por no mínimo seis meses, será o laboratório de pesquisas da Kopenhagen. Na loja, serão avaliados o mix de produtos, o tíquete médio e a aceitação dos clientes. ""Depois desse levantamento de mercado, quando já teremos a segurança da excelência máxima do Station, pensaremos em implementá-lo nos outros pontos-de-venda, da mesma forma que fizemos com a cafeteria"", explica Renata. A executiva estima que o faturamento anual da unidade escolhida para o piloto aumentará em R$ 1 milhão.

A marca também está sempre trazendo novos produtos. Este ano, por exemplo, lançou o Nhá Benta Chocolate e o granulado a granel. ""Nosso consumidor nos vê como uma forte referência em inovações e tendências, por isso procuramos sempre trazer novidades, mas sem esquecer a tradição da marca"", afirma Renata. Outro lançamento apresentado pela rede em 2007 foi o Chocolate Martin, uma bebida desenvolvida pela franqueada Joana Arcoverde, de Salvador. Segundo Renata, esta é a primeira vez que um franqueado ajuda no desenvolvimento de um produto. O sucesso da bebida na capital baiana fez com que a rede estendesse o produto para as demais cafeterias da grife.

Profissionais com espírito empreendedor como o de Joana é o perfil que a Kopenhagen exige de um franqueado. Outro requisito é ter tempo disponível para ficar à frente do negócio. No momento, a rede quer crescer, principalmente para o interior de São Paulo, e explorar novos estados, como Sergipe e Maranhão. O investimento necessário é de R$ 210 mil para uma loja de 30 metros quadrados. Esse valor inclui pedido inicial e taxa de franquia. O retorno do investimento é de dois anos.

Sintonia com a marca
Isabel era cliente da Kopenhagen e tinha grande admiração pela marca quando decidiu se tornar uma franqueada, em 2003. A primeira unidade, no Bairro Alphaville, era uma loja de repasse, instalada há 18 anos no mesmo local. Quando assumiu, em setembro de 2003, percebeu a necessidade de ampliá-la e incluir o mix de cafeteria. Em janeiro de 2004, inaugurou a loja completa e, desde então, não tem do que reclamar. ""A cada ano que passa, o faturamento cresce significativamente. É um sucesso"", afirma Isabel. Tanto que ainda em 2004 a franqueada comprou outra loja já instalada, desta vez no Shopping Tamboré. Depois de mudar de ponto, em 2005, e oferecer o mix completo da marca, mais uma vez Isabel viu o faturamento crescer expressivamente.

A sintonia entre Isabel e a Kopenhagen não parou por aí. Em março de 2006, ela abriu sua terceira loja, na Aldeia da Serra (SP). ""Sinto que vai ser um sucesso"", afirma. A tradição da marca e a forte presença nas principais cidades do Brasil são alguns pontos positivos destacados pela franqueada. ""A Kopenhagen tem o melhor chocolate do Brasil e investe constantemente em lançamentos de produtos, campanhas de marketing e atualizações de embalagens. São aspectos que eu considero fundamentais para fidelizar e conquistar novos consumidores"", diz Isabel.

Experiência para crescer
A franqueada Daniela Voegels também mostrou forte sintonia com a marca, desde que abriu a primeira unidade, em 2002. Hoje ela tem três lojas – duas no Brooklin e uma em Moema. Arquiteta de formação, Daniela decidiu investir na marca por influência da irmã, a pedagoga Letícia Farina, que havia adquirido uma loja da Kopenhagen no ano anterior, depois de contratar uma consultoria especializada em franchising. ""O diferencial da franquia Kopenhagen, que nos motivou a provocar uma mudança bastante significativa na nossa atuação profissional, é que além de apresentar um resultado financeiro positivo, é fonte de muito prazer, orgulho e alegria"", afirma.

Daniela e a irmã, que tem cinco lojas Kopenhagen, dividem experiências e crescem junto com a marca. Das oito unidades que possuem, cinco foram inauguradas depois de 2006, quando a Kopenhagen fez grandes investimentos em marketing, modernização e expansão da rede. ""Nós também já havíamos adquirido uma boa experiência para abraçar a administração de um número maior de lojas mantendo o rigoroso padrão exigido pela grife"", conta Daniela.

Para a franqueada, o planejamento é o principal ponto positivo da franquia. ""Um planejamento cuidadoso garante o crescimento estruturado da marca, oferecendo segurança aos seus franqueados"", afirma. Segundo Daniela, o consumidor da grife é muito exigente e bastante conhecedor do produto e, por isso, responde muito bem a melhorias e novidades.

Fonte: www.empreendedor.com.br

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