Com 215 lojas espalhadas por 13 estados, a rede de refeições rápidas Giraffas está experimentando a exploração de um novo formato: o de lojas temporárias. Os estandes montados em feiras, eventos e cidades turísticas pela marca até agora mostram que as vendas podem ser cerca de três a quatro vezes superior à média de uma loja normal. ""É financeiramente atrativo para o franqueado. Para a rede a vantagem é a visibilidade da marca"", diz o diretor-executivo da empresa, Cláudio Miccieli, acrescentando que a primeira experiência ocorreu em 2006, no Planeta Atlântida, festival de música que ocorre no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Segundo o empresário, nas 12 horas de duração do Esplanada Festival, em Brasília, a rede vendeu quase 60 mil sanduíches, o que corresponde a mais de um mês de faturamento em uma loja tradicional. A franqueadora analisa a viabilidade do negócio, mas a montagem de lojas temporárias da Giraffas tem ocorrido por iniciativa própria de franqueados. Em São Paulo, o franqueado Wanderlei Marim tem descoberto novas oportunidades desde sua primeira experiência na Super Casas Bahia, no ano passado. ""Acho que foi o melhor negócio em cinco anos que sou franqueado da marca"", afirma o empresário que possui três restaurantes Giraffas em São Paulo. Satisfeito com o resultado, Marim já investiu este ano em uma loja sazonal para a temporada de verão em Caraguatatuba.
A unidade é a primeira do litoral norte de São Paulo e funcionará até o dia 28 de fevereiro. Além disso, está com contrato fechado para montar uma loja temporária na Festa do Peão, em Barretos, no mês de agosto. Os planos incluem ainda uma unidade em Campos do Jordão nos meses de junho e julho deste ano. ""Minha idéia é traçar um calendário de eventos para montar lojas temporárias"", diz Marim. As unidades possuem estruturas de aproximadamente 50 metros quadrados e demandam investimentos médio de R$ 170 mil, entre recursos para aluguel de espaço e equipamentos. O abastecimento das lojas temporárias é feito da mesma forma que o de uma loja convencional. ""A logística vai até onde a loja está"", diz Marim. Mas essas unidades oferecem apenas o mix de lanches e sobremesas de manuseio fácil e rápido dos cardápios. Expansão A rede, que faturou R$ 223 milhões em 2006 - 23,8% mais que no ano anterior -, planeja abrir 36 pontos de venda este ano, chegando ao final de 2007 com 250 unidades.
A exemplo do que já fizeram outras redes de franquias, a Giraffas vai investir de forma mais estruturada no Nordeste neste ano. Abriu escritório na região e somente em janeiro inaugurou três lojas (na Bahia, na Paraíba e em Pernambuco). A expectativa é ter pelo menos mais 12 unidades no Nordeste até o final do ano. Na Região Norte, a rede vai abrir sua primeira loja em Manaus em março e a segunda em Belém ainda em 2007. O Giraffas nasceu em Brasília, em 1981. Dez anos depois, com sete unidades no Distrito Federal, resolveu adotar o sistema de franquias, o que possibilitou uma expansão mais forte. Já em 2002, foram inauguradas 37 novos pontos de venda. Em 2006, foram 30 inaugurações, ano que marcou a entrada da rede no Pará e em Pernambuco. (Valéria Serpa Leite - Gazeta Mercantil)
Fonte: Gazeta Mercantil - www.gazetamercantil.com.br