A Associação Brasileira de Franchising (ABF) acaba de divulgar os dados da pesquisa feita em parceria com a ECD Consultoria Especializada em food service, sobre o setor de alimentação em 2006. A pesquisa foi realizada no período de maio a julho de 2007, com uma amostra do mercado de fast food, que contou com 3.068 lojas, totalizando 56% do mercado e 83% do faturamento do setor, que prevê um crescimento para 2007 em torno de 15,3%.
Do total da amostra de redes participantes da pesquisa, 32,3% respondiam por comida variada/grelhados/outros; 19,4% pertenciam ao ramo de comida asiática; 16,1% representavam o segmento de pizzas/massas; 12,9% eram de sanduíches; 9,7% faziam parte do segmento de cafeteria/snack; e 9,7% respondiam por doceria/sorveteria.
O estudo feito representa um universo, da amostra, com mais de 3 mil lojas do setor em todo o País, sendo que 42,97% eram de São Paulo; 18,97% do Rio de Janeiro; 5,39% do Distrito Federal; 4,58% do Paraná; e 3,87% de Santa Catarina, com expectativa de abertura de novas lojas nos próximos três anos em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Distrito Federal e Minas Gerais.
Por meio desta amostra foi possível identificar, também, a presença das redes de alimentação nacionais no exterior. Entre os países com maior número de redes brasileiras estão México (61,9%); Angola (19%), Espanha (14,3%) e Portugal (4,8%). A expectativa de crescimento fora do País para os próximos anos é de 14% entre 2007/2008 e de 29% entre 2009 e 2010. Os países que mais deverão receber empresas brasileiras são México e Espanha.
Outro dado importante levantado pela pesquisa foi sobre a localização das lojas. Atualmente, 48% estão localizadas em shoppings; 34% em ruas; 13% em outros locais; 4% em hipermercados; e 1% em galerias ou centros comerciais.
Entre os seis segmentos analisados, os indicadores de desempenho mostraram que a maior taxa de crescimento de unidades, em 2007, ficará por conta de docerias/sorveterias com 46,2%; seguido por pizza/massas com 18,8%; comida variada com 15,7%; snack/cafeteria com 14,6%; sanduíches com 13,9% e comida asiática com 13,6%. Em contra partida, em termos de faturamento o segmento de sanduíches será responsável por 62,5%; comida variada por 22,9%; pizzas/massas por 6%; snack/cafeteria por 3,5%; comida asiática por 2,9% e docerias/sorveterias por 2,1%.
Segundo a pesquisa, entre os itens preocupantes levantados para o setor estão os custos operacionais ou de ocupação. Em alguns shoppings este custo chega a representar até 26% do faturamento, sendo a média, das que mais pagam 14,69%. Este índice passa para 10,82% nas lojas de ruas e para 9,7% em centros comerciais, galerias e hipermercados. O ideal, segundo os operadores, é que para viabilizar a operação o custo total de ocupação seja inferior a 10%.
“Essa pesquisa reflete as tendências e os desafios do setor, é uma amostragem fiel que vai ajudar na tomada de decisão de muitos empresários”, explica João Baptista da Silva Junior, Diretor de Cursos e Eventos e Coordenador do Grupo Setorial de Fast Food da ABF
Outras questões como abastecimento, suporte, investimento em marketing e gestão de negócios também foram avaliados pela amostra e servirão como ferramentas de orientação aos empresários do setor.