HISTÓRIA
Não é verde como a esmeralda, nem vermelha como o rubi ou transparente como o diamante, mas é capaz de exercer um fascínio sobre aqueles que os vê que é difícil, muitas vezes, controlar. Não importa a idade ou o gênero, todos acabam se envolvendo numa profusão de beleza, sabor e aromas, atingindo em cheio o hipotálamo e despertando uma sensação de prazer e felicidade. Se a descrição soa afrodisíaca ou fantasiosa demais, os números do mercado não deixam mentir que o chocolate tem um poder avassalador sobre nós.
E, mesmo despertando tanto fascínio, há ainda quem traz algo a mais para essa deliciosa história. Esse é o caso da Chocolateria Brasileira, comandada hoje por Christian Neugebauer, herdeiro de uma família que há mais de 100 anos atua no segmento de confeitaria e chocolates. Da Áustria para a Alemanha e da Alemanha ao Brasil, a família Neugebauer foi aprimorando e passando de geração para geração a paixão pelo cacau e um know how de causar espanto. Em 1891, os irmãos Ernest, Franz e Max chegaram em Porto Alegre e, de modo tímido, abriram uma pequena confeitaria. A receita do puro chocolate combinado ao sonho empreendedor deu origem, em 1903, a primeira fábrica de chocolate no Brasil.
O sucesso foi praticamente imediato e em poucas décadas os irmãos passaram a ganhar prêmios na Europa e figurar entre os melhores do ramo. Em 1955, abriram o capital da empresa e a transformaram em Sociedade Anônima. O sonho, que caminhava até então a passos largos, foi aos poucos minguando, em partes pela concorrência de peso que chegou no Brasil e pela logística complicada que travou a distribuição do chocolate em território nacional. Em 1982, a família passou o bastão empresarial para um grupo argentino e tratou de focar na produção de chocolate para o mercado B2B, fundando a Harald Indústria e Comércio de Alimentos Ltda, tornando-se líder em produção de chocolates e ingredientes para atender à indústria e exportando para mais de 30 países.
Em 2017, Christian Neugebauer assumiu a Chocolateria Brasileira, inaugurada dois anos antes com a proposta de trazer ao mercado nacional produtos finos e desenvolvidos com matéria prima de altíssima qualidade. Com o sangue doce da família e a visão de reconhecer o potencial do puro cacau brasileiro, o jovem reformulou todo o negócio, criou uma nova identidade e investiu na verticalização da fábrica, capaz de suprir toda a cadeia produtiva, respeitando os agricultores locais e usando ingredientes nacionais.
Hoje a rede oferece um mix de barras, trufas e bombons, embalados individualmente ou em kits, como em leiteiras, canecas e caixas. Em épocas festivas, como Natal e Páscoa, entram em cena os chocotones e ovos, dando um ar ainda mais doce às lojas. Agregando com outra paixão nacional, a rede guarda a sete chaves a receita do café, que é capaz de arrancar suspiros do mais distraído consumidor.
Lapidando o diamante em solo brasileiro
O investimento está sendo alto, mas dará a empresa a capacidade de processar, fabricar e reproduzir um modelo de negócio de alto nível em território nacional. O valor ronda a casa dos R$ 10 milhões e inclui desde o maquinário alemão, capaz de processar o cacau e reduzir a granometria abaixo da percepção do paladar, permitindo aquela famosa sensação do chocolate que derrete na boca, até a reestruturação completa do negócio, formatação do modelo de franquia e aporte no novo layout, tanto das lojas como do logotipo da marca. A fábrica em Marília, interior de São Paulo, foi construída e passou a operar em dezembro de 2017, com alto valor produtivo.
Atualmente, a franquia tem dez unidades próprias, localizadas na capital de São Paulo, além de Mato Grosso e Distrito Federal, e mais de 30 franquias nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, Distrito Federal, Paraná, Bahia, Paraíba, Paraná e Rio Grande do Sul. A expectativa é que até 2028, esse número ultrapasse a casa de 400. Atualmente, são três formatos de franquia: quiosques de 3m² sem cafeteria ou 6 à 9 m² com o serviço, a loja de 40m² e o modelo home-based, estando este vinculado diretamente a algum franqueado. Os investimentos iniciais variam conforme o tamanho do negócio e rondam entre R$ 45 mil, para o caso do quiosque de 3m², R$ 112 mil para o quiosque maior com cafeteria e R$ 203 mil para a loja.
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